22 de dezembro de 2024 Doar
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Donald Trump proibirá a derrubada de estátuas nos Estados Unidos

Donald Trump. Crédito: Casa Branca | Domínio Público

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que emitirá uma ordem executiva para proteger as estátuas públicas, depois que várias, incluindo uma de São Junípero Serra, foram vandalizadas ou demolidas em meio aos protestos nas últimas semanas. Também se pronunciou sobre a decisão da Suprema Corte de manter o programa DACA.

Trump anunciou que emitirá essa ordem executiva durante uma entrevista exclusiva com Raymond Arroyo, apresentador do "The World Over" da EWTN. "Vamos fazer algo muito em breve", disse Trump. "Vamos fazer uma ordem executiva. Vamos fazer com que as cidades protejam seus monumentos, isso é uma vergonha", expressou em 22 de junho.

Na sexta-feira, 19, uma estátua de São Junípero Serra foi demolida no Golden Gate Park, em São Francisco. Em outras partes do país, também foram derrubadas estátuas de Cristóvão Colombo e de outros personagens da história norte-americana, como Francis Scott Key, Ulysses S. Grant e George Washington.

Esses eventos ocorreram durante os protestos pela morte de George Floyd. Aqueles que justificam a derrubada da imagem de Frei Junípero Serra acusam o missionário espanhol de ser um símbolo do colonialismo europeu e que as missões foram dedicadas ao trabalho forçado dos nativos americanos, que as vezes reclamavam que Frei Junípero também era abusivo.

No entanto, os defensores de São Junípero assinalam que, na realidade, foi um defensor dos nativos e dos direitos humanos. Destacam também que ajudou muitas pessoas nativas durante a sua vida, e que estes depois choraram pela sua morte. Além disso, o santo fundou nove missões no que é hoje a Califórnia.

Em suas declarações, Trump enfatizou que as cidades mais impactadas pelos protestos e saques são aquelas cujas autoridades são do Partido Democrata.

"São todos democratas, geralmente democratas liberais. Deem uma olhada. Chicago, é democrata; Seattle, é democrata. O estado de Washington é democrata, Portland é democrata. Todos esses lugares são liderados por democratas. Vinte dos 20 são dirigidos por democratas", disse o presidente. "Eles não sabem o que estão fazendo. E se [Joe] Biden entrasse, este país seria um desastre", disse.

"Olhem a forma como estamos lidando com as coisas, estamos lidando bem com elas. E se eu não fosse presidente, falando das estátuas, não teríamos estátuas em pé neste momento. Porque eu fiz coisas que vocês não sabem para salvar muitas delas", disse Trump.

Programa DACA

Durante a entrevista na EWTN, Donald Trump também falou sobre a decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, de 18 de junho, que mantém intacto o programa Ação Diferida para os Chegados na Infância (DACA), e que o presidente está tentando revogar desde 2017.

O DACA foi criado em 15 de junho de 2012 por Barack Obama por meio de uma ação executiva. Esse programa resolveu temporariamente a situação de cerca de 2,5 milhões de jovens sem documentos que entraram no país antes dos 16 anos e que são conhecidos como os "dreamers" (sonhadores).

O DACA interrompeu as deportações e emitiu uma autorização de emprego (EAD) renovável a cada dois anos, documento que também permitia obter uma carteira de motorista e um número de previdência social. No entanto, nem todos puderam acessar o benefício. Apenas 1,2 milhão se qualificou de acordo com os requisitos, e deles pouco mais de 800 mil solicitaram proteção.

Trump disse sobre este tema que "o que queremos fazer é ganhar o caso e depois resolvê-lo". "Eles não terão nada com que se preocupar", disse Trump sobre os beneficiários do DACA.

Embora o presidente tenha dito que está disposto a chegar a um acordo sobre a reforma migratória para preservar esse programa, alguns bispos dos Estados Unidos disseram que essa abordagem equivale a usar os beneficiários da DACA como peões políticos.

Em 18 de junho, a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) exortou o Presidente a "reconsiderar veementemente o término do DACA", especialmente devido à situação das famílias imigrantes que enfrentam a pandemia de coronavírus e que seriam desnecessariamente expostas a um "aumento da ansiedade e do caos".

Debate pró-vida

Donald Trump também respondeu à pergunta sobre se o possível candidato presidencial democrata Joe Biden é pró-vida. O presidente disse que alguns católicos afirmam que Biden é um candidato pró-vida devido à sua oposição à pena de morte e seus esforços contra a mudança climática.

"Sou totalmente a favor da pena de morte por crimes hediondos, ok? É assim que as coisas são", disse Trump. Acrescentou que "eu sou pró-vida, ele [Biden] não o é. E os democratas, olhem quem estão colocando na Corte".

"Então, eu sou pró-vida, os democratas não. Ninguém pode "dizer que Biden o é, observem sua postura ao longo dos anos", acrescentou. Disse que, em sua opinião, os operadores do Partido Democrata avançarão uma agenda pró-aborto se Biden for eleito presidente dos Estados Unidos em novembro.

Olhe o governador da Virgínia, olhe o que ele fez. Fez uma execução depois. Você sabe, normalmente se fala sobre o término tardio, o dele não era tardio. Sim, o bebê nasceu e depois pode é possível executar o bebê", assinalou.

Trump se referiu a um projeto de lei da Virgínia de 2019, apoiado pelo governador Ralph Northam. Os opositores disseram que permitiria o aborto mesmo quando uma mulher estivesse em trabalho de parto.

Durante o debate sobre o projeto de lei, Northam disse em um rádio que, se um bebê fosse suficientemente deficiente no nascimento, poderia ser "mantido confortável" e ressuscitado se a mãe o quisesse. Ele também disse que poderia haver uma "conversa" entre os médicos e a mãe sobre o que deveria ser feito com o bebê.

"Esses são os democratas. Esse é Joe Biden", expressou Trump.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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