MADRI, Jun 24, 2020 / 13:30 pm
Em uma entrevista recente realizada pelo jornal espanhol El País, o cantor Ricky Martin comparou a gestação de seus filhos através de barrigas de aluguel, com a concepção de Jesus no ventre da Imaculada Virgem Maria.
Na entrevista, publicada em 21 de junho, o entrevistador perguntou-lhe: "É ofensivo para você ouvir 'barrigas de aluguel'?". Ao que Martin respondeu: "Eu não aluguei uma barriga, elas me emprestaram o útero, e várias vezes, e eu tenho essas grandes mulheres que me ajudaram a criar minha família em um pedestal, assim como eu tenho em seu pedestal Maria, a Virgem, que emprestou seu ventre para que Jesus viesse ao mundo".
De sua mansão em Los Angeles, onde mora em união com uma pessoa do mesmo sexo, o artista Jwan Josef, o cantor porto-riquenho também respondeu se "acreditava" em alguma religião.
"Bem, não posso dizer que só acredito nisso, porque depois não poderia acreditar em mais nada. Estou aberto a diferentes filosofias de vida e as adapto à realidade que minha própria vida me trouxe", indicou.
No que se refere à reprodução artificial da vida, a Encíclica Evangelium vitae ressalta que esses tipos de técnicas, "que pareceriam estar ao serviço da vida e que, não raro, são praticadas com essa intenção, na realidade abrem a porta a novos atentados contra a vida".
"Para além do fato de serem moralmente inaceitáveis, porquanto separam a procriação do contexto integralmente humano do ato conjugal, essas técnicas registram altas percentagens de insucesso", diz a encíclica escrita por São João Paulo II.
Em janeiro de 2020, Ricky Martin recebeu várias críticas nas redes sociais após o lançamento de seu videoclipe "Tubarões", que mostra uma mulher usando o lenço verde característico da campanha internacional pelo "aborto legal, seguro e gratuito".
"O que eu sempre quis é o direito da mulher de fazer o que ela quer com seu corpo. Eu sempre o defenderei", disse o cantor à Associated Press naquela época.
Em junho de 2017, seu parceiro gay, Yosef, também provocou polêmica nas redes sociais ao publicar um desenho pornográfico em sua conta do Instagram que ofendeu sacerdotes católicos; tratava-se de um desenho de um sacerdote se masturbando.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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