26 de dezembro de 2024 Doar
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Novas regras em Hong Kong "não afetarão" a liberdade religiosa, diz Cardeal chinês

Cardeal John Ton Hon. Crédito: Matthew Rarey | ACI Prensa

O Cardeal John Tong Hon, administrador da diocese de Hong Kong, na China, rejeitou as preocupações de que as novas normas poderão afetar a liberdade religiosa".

"Acredito que a Lei de Segurança Nacional não terá efeito sobre a liberdade religiosa, pois o artigo 32 da lei básica garante que tenhamos liberdade religiosa e que podemos pregar abertamente e realizar cerimônias de culto, além de participar nas atividades religiosas", escreveu o Cardeal, nesta semana, no Kung Kao Po, jornal da diocese de Hong Kong.

Em 28 de maio, a assembleia legislativa chinesa aprovou uma resolução impondo "leis de segurança" em Hong Kong, com o objetivo de criminalizar tudo o que Pequim considere como "interferência estrangeira", atividades de secessão ou subversão do estado de poder, para autorizar que as forças do estado operem na cidade.

Hong Kong é uma região autônoma da China. Desde que o Reino Unido a devolveu ao regime chinês, em 1997, tem amplas proteções à liberdade de culto e à evangelização, em comparação com a China continental.

O Cardeal Tong Hon indicou que acredita que a diocese de Hong Kong não pode ser considerada como cúmplice de nenhum governo estrangeiro, uma vez que "sempre tiveram um relacionamento direto com o Vaticano e isso deve ser visto como um assunto interno".

"Depois, no que diz respeito às normas de segurança nacional, essa relação não deve ser vista como 'colusão com forças estrangeiras'", acrescentou.

O antecessor do Cardeal Ton Hon, Cardeal Joseph Zen ze-kiun, expressou sérias preocupações com as novas normas de segurança, especialmente com a maneira como foram impostas em Hong Kong pelo governo nacional.

No final de maio e em declarações à CNA, agência em inglês do Grupo ACI, o Cardeal Zen disse estar preocupado com o fato de as novas normas subverterem a liberdade religiosa que os fiéis de Hong Kong desfrutam atualmente.

"Já não há 'um país, dois sistemas'. A China não se atreveu a dizê-lo com essas palavras exatas, mas os fatos estão aí", disse o Cardeal.

A diocese de Hong Kong está sem bispo desde janeiro de 2019, quando o então Bispo Michael Yeung Ming-cheung morreu inesperadamente. Desde sua morte, a diocese está sob a liderança temporária do Cardeal John Tong Hon, predecessor de Dom Yeung, que renunciou em 2017.

A CNA informou em janeiro que o Vaticano aprovou a nomeação de Pe. Peter Choy Wai-man como o novo bispo da diocese, mas o anúncio público da nomeação foi adiado.

Pe. Choy é um sacerdote próximo ao Cardeal Tong e teria um bom relacionamento de trabalho com as autoridades do governo comunista chinês, em Hong Kong e na China continental.

Sabe-se que participou em uma reunião com o Cardeal e com Carrie Lam, chefe executiva de Hong Kong, durante os protestos pró-democracia do ano passado.

Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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