Buenos Aires, Jun 30, 2020 / 10:00 am
A rede social Facebook usa um site financiado pela Fundação Open Society de George Soros como um verificador de informações para censurar a campanha "A ONU quer IMPOR O ABORTO… com a desculpa do coronavírus", que já reuniu mais de meio milhão de assinaturas.
Ao compartilhar a campanha de CitizenGO, o Facebook insere sobre o link a mensagem "Informação falsa. Comprovado por verificadores de informação independentes", referindo-se a um artigo no site colombiano "La Silla Vacía", que surgiu graças ao financiamento de George Soros, conhecido promotor de aborto em todo o mundo.
Entre os argumentos que o site colombiano usa para descrever a campanha CitizenGO como "falsa", lê-se que "em primeiro lugar, saúde sexual e reprodutiva não significa aborto", embora admitam logo em seguida que os "serviços de saúde sexual e reprodutiva incluem métodos contraceptivos; os procedimentos de reprodução assistida; o controle e acompanhamento da gravidez; a prática de abortos (sejam seguros, espontâneos ou devidos à perda fetal tardia); cuidados pós-parto e pós-aborto".
Além disso, para o site financiado por Soros usado pelo Facebook como verificador de informações "em nenhum momento a ONU está impondo o aborto; de fato, não tem a competência para isso. O que se busca é que os países avancem na garantia desses direitos".
Ao relatar sua criação, La Silla Vacía lembra que "nasceu com uma doação da Open Society Foundation" em 2009. Posteriormente, o site observa que, até 2019, 9,5% de sua receita veio da fundação de Soros.
Além disso, o site colombiano estima que 25,7% de seus recursos "vieram do Facebook no âmbito de uma aliança para levar nosso detector de mentiras a essa rede social como parte de seu programa externo de verificação de dados".
George Soros e aborto
A Fundação Open Society, criada por Soros em 1993, financia várias campanhas a favor do aborto em todo o mundo.
Em 2016, soube-se que a fundação Soros movimentou 1,5 milhão de dólares para silenciar o escândalo da multinacional de aborto Planned Parenthood, acusada de vender órgãos e tecidos de bebês abortados em suas instalações.
Em 2017, o governo da Irlanda ordenou à Anistia Internacional que devolvesse a Soros os mais de 160 mil dólares doados por sua Fundação Open Society para uma campanha pela legalização do aborto naquele país.
Um documento da Fundação Open Society divulgado pelo DCLeaks.com em 2016 revelou que era importante para a organização de Soros "uma vitória" a favor do aborto na Irlanda para "impactar outros países fortemente católicos na Europa".
A revista de economia Forbes estima a riqueza de George Soros em 8,3 bilhões de dólares.
A campanha de CitizenGO e o aborto promovido pela ONU
Em diálogo com ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, Luis Losada Pescador, diretor de campanhas do CitizenGO, explicou que "a realidade é que a 53ª sessão da Comissão de População e Desenvolvimento das Nações Unidas apresentou um projeto de resolução no qual os Estados se comprometiam a garantir direitos sexuais e reprodutivos em 2030. E isso significa cuidados pré-natal, contracepção e aborto".
"E sabemos por fontes internas que a mesa da Comissão de População e Desenvolvimento realizou reuniões bilaterais com estados que não queriam assinar esse texto para tentar convencê-los. Ou seja, houve pressão ou imposição ou como queiramos chamar".
Losada Pescador lamentou que, embora tenham informado à La Silla Vacía "de tudo isso e de algumas informações que desconheciam, ao invés de nos agradecer, continuaram mantendo a censura".
O diretor de campanhas de CitizenGO destacou que, embora "as redes sociais sejam um espaço de liberdade, seu viés ideológico e censura representam um retrocesso na liberdade de expressão".
Para participar da campanha "A ONU quer IMPOR O ABORTO ... com a desculpa do coronavírus", você pode entrar AQUI.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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