BOGOTÁ, Jul 3, 2020 / 10:40 am
Na mesma semana em que 'La Silla Vacía' tentou censurar uma campanha pró-vida da plataforma CitizenGO no Facebook, um segundo site colombiano financiado por George Soros lançou uma publicação semelhante.
Em 1º de julho deste ano, o site Colombiacheck, financiado pela Fundação Open Society, publicou "Não, a ONU não quer 'impor' o aborto usando o coronavírus como desculpa". O título é quase idêntico ao usado dias atrás por 'La Silla Vacía': "Detector: Não, a ONU não quer impor o aborto com a desculpa do coronavírus".
A campanha a qual se refere Colombiacheck, como antes o fez 'La Silla Vacía', é "A ONU quer IMPOR O ABORTO ... com a desculpa do coronavírus", que já coletou mais de meio milhão de assinaturas.
Colombiacheck adota argumentos semelhantes aos de 'La Silla Vacía' para desacreditar a campanha pró-vida, como que "o documento exibido pelo portal é falso". No entanto, o CitizenGO especificou que é o "rascunho da 53ª sessão da Comissão de População e Desenvolvimento. Só porque não está publicado oficialmente, não significa que não exista".
"O fato de não terem acesso apenas significa que não têm fontes internas nos representantes dos estados das Nações Unidas", acrescenta CitizenGO.
Colombiacheck: projeto financiado por Soros e com apoio jesuíta
Na seção "Sobre nós", o site colombiano reconhece que "em seus inícios em 2016, o Colombiacheck foi financiado por Open Society Foundations".
De acordo com o site Open Society Foundations, o projeto Colombiacheck recebeu 43.475 dólares em 2017.
Entre 2017 e 2018, a matriz de Colombiacheck, Conselho Editorial, recebeu da fundação de George Soros um total de 323.480 dólares.
A Pontifícia Universidade Javeriana, dirigida pela Companhia de Jesus (jesuítas) e que se define como uma "Universidade Católica", segundo Colombiacheck "oferece um espaço para os escritórios administrativos do Conselho Editorial em Bogotá, desde a sua criação, e oferece espaços para reuniões, conferências e outros eventos".
George Soros e aborto
A Fundação Open Society, criada por Soros em 1993, financia várias campanhas a favor do aborto em todo o mundo.
Em 2016, soube-se que a fundação Soros movimentou 1,5 milhão de dólares para silenciar o escândalo da multinacional de aborto Planned Parenthood, acusada de vender órgãos e tecidos de bebês abortados em suas instalações.
Em 2017, o governo da Irlanda ordenou à Anistia Internacional que devolvesse a Soros os mais de 160 mil dólares doados por sua Fundação Open Society para uma campanha pela legalização do aborto naquele país.
Um documento da Fundação Open Society divulgado pelo DCLeaks.com em 2016 revelou que era importante para a organização de Soros "uma vitória" a favor do aborto na Irlanda para "impactar outros países fortemente católicos na Europa".
A revista de economia Forbes estima a riqueza de George Soros em 8,3 bilhões de dólares.
O viés pró-aborto em Colombiacheck
O artigo da Colombiacheck contra o CitizenGO é assinado por Laura Castaño Giraldo, que expressou sua posição a favor do aborto nas redes sociais.
Em sua conta no Twitter, Castaño Giraldo disse em 20 de fevereiro deste ano que "me angustia ver pessoas da mesma idade que eu (21) marchando contra o aborto, contra a homossexualidade etc."
"É preocupante que as pessoas mesmo conhecendo tudo e tendo a informação na mão, continuem com seu pensamento antidireitos", acrescentou
Ela também se expressou a favor da agenda transgênero. Em dezembro de 2018, manifestou seu desejo de "encher os meios de comunicação com notícias, crônicas e reportagens sobre pessoas trans, por exemplo", para assim "meter o assunto nos olhos das pessoas até que tudo se normalize e acabe a brecha discriminatória".
"Eles não vão nos calar"
Em diálogo com a ACI Prensa, agência em espanhol do Grupo ACI, Luis Losada Pescador, diretor de campanhas do CitizenGO, enfatizou que é "o segundo site financiado por George Soros, o grande patrocinador do aborto no mundo" a publicar um artigo contra a campanha pró-vida.
"Podem tentar nos censurar, mas não vão nos calar. Não respeitam as diferenças ideológicas. Como vão fazer se não respeitam o primeiro dos direitos, o direito à vida?", questionou.
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Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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