Roma, Jul 15, 2020 / 10:45 am
Irmã Maria Laura Mainetti será beatificada em 6 de junho de 2021, em Chiavenna, uma cidade no norte da Itália na diocese de Como, pelo prefeito da Congregação para a causa dos santos, Cardeal Angelo Becciu.
Esta religiosa italiana foi assassinada por 19 facadas na noite de 6 a 7 de junho de 2000, em Chiavenna por duas meninas, uma de 17 anos e a outra de 16 anos, durante um rito satânico.
Enquanto morria, encontrou forças para rezar pelas jovens e perdoá-las. Este dado foi conhecido através dos interrogatórios realizados com as assassinas, que contaram que Ir. Maria disse antes de morrer: "Senhor, perdoai-lhes".
Irmã Maria Laura, cujo primeiro nome era Teresina, nasceu em Colico, Lecco (Itália), em 20 de agosto de 1939. No momento de sua morte, era superiora da Comunidade das Filhas da Cruz, no Instituto Maria Imaculada de Chiavenna.
A Santa Sé emitiu o decreto de beatificação em 19 de junho. O anúncio da data de beatificação foi dado pelo bispo de Como, Dom Oscar Cantoni, que disse que para preparar este evento "estão organizando um comitê, que ficará encarregado de tudo o que for necessário para uma celebração digna".
Nesse sentido, Dom Cantoni indicou que espera que seja um momento no qual toda a Igreja local se envolva espiritualmente, "para que chegue preparada para entender os dons que Deus nos concede ao receber o ensinamento e o testemunho frutífero que a irmã Maria Laura nos deixou".
Em 6 de junho, o Bispo de Como comemorou o 20º aniversário da morte da religiosa e enfatizou que a irmã Maria Laura "morava perto de nós, percorreu as nossas ruas" e faz parte dos santos que o Papa Francisco define como "os santos da porta ao lado".
"Ela é uma testemunha do amor pelos mais simples e frágeis, tinha uma ternura espontânea que nascia da consciência de se sentir amada por Jesus: Por isso morreu perdoando aquelas que a assassinaram", descreveu Dom Cantoni.
Por fim, o bispo de Como destacou que há 20 anos "sua dramática morte ocorreu e, ainda assim, seu olhar cheio de ternura diante de todos, seu desejo de testemunhar o amor pessoal de Jesus diante dos pequenos, pobres e humildes, continua fascinando aqueles que tiveram a sorte de se aproximar dela ou a conheceram através dos testemunhos daqueles que nestes anos mantiveram a sua memória viva".
Por sua parte, o pároco de Chiavenna, Pe. Andrea Caelli, destacou que a beatificação da religiosa "não deveria ser apenas um momento de celebração, mas também de despertar a fé".
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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