16 de dezembro de 2024 Doar
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Padre pede desculpas por comentários sobre fiéis que não vão à Missa devido à Covid-19

Padre Antônio Firmino Lopes | Captura de vídeo

"Eu tenho que pedir desculpas para aquelas pessoas que se sentiram ofendidas, machucadas com as minhas palavras", assim Padre Antônio Firmino Lopes se retratou sobre uma declaração polêmica que fez em relação aos fiéis que não estão indo à Missa com medo da Covid-19.

No último domingo, 23 de agosto, ao final da Missa transmitida ao vivo pelo Facebook, o pároco da Paróquia São João Batista, em Visconde do Rio Branco (MG), comentou sobre os católicos que não são do grupo de risco e que optaram por não participar da celebração Eucarística enquanto a vacina para a Covid-19 não estiver disponível.

O sacerdote explicou que a celebração em sua paróquia está contando com todos os cuidados de distanciamento e higienização, havendo vários horários de Missa. Mesmo assim, há quem decida não frequentar a Igreja. Desse modo, disse, "a gente vai vendo quem realmente ama a Eucaristia".

"Porque tem alguns católicos, engraçado, que tem saúde tem tudo e dizem: 'Eu só vou na igreja quando tiver a vacina'. Tomara que não apareça vacina para essas pessoas. Ou que morram antes da vacina chegar. Porque têm pessoas que não têm problema nenhum, que não estão no grupo de risco. Mas isso significa que a pessoa não tem fé nenhuma", afirmou o sacerdote, cuja declaração logo viralizou.

"É uma desculpa para dizer que Deus não é importante: 'Ah, quando tiver vacina, eu vou'", acrescentou.

De acordo com o pároco, se a pessoa estiver "em grupo de risco, é claro que tem que esperar. Mas, se a pessoa tem saúde e não fizer o menor esforço, significa que é um católico de araque, de meia tigela".

"Mas no banco vai, buscar o dinheiro. No mercado, vai. Só na Igreja que precisa da vacina", assinalou, completando que "por aí, pode medir o nível da fé dessas pessoas. Nunca tiveram fé. Aquele que é verdadeiro cristão vai e quer estar" na Igreja.

Em seguida, Pe. Antônio Firmino citou o fato que presenciou em uma igreja que estava de portas fechadas e, do lado de fora, uma senhora estava rezando, ajoelhada. "São os pequenos, aqueles que Jesus disse: 'Eu te louvo, Pai, porque escondestes as coisas aos sábios e entendidos e revelastes aos pequeninos'. Porque não têm vergonha de se ajoelhar diante da sua Paróquia que está de porta fechada para ela. Ela se ajoelha ali porque sabe que sem Jesus não dá para viver".

Após a repercussão de suas palavras, Pe. Antônio Firmino publicou um vídeo com uma nota de retratação, na qual pediu desculpas pelo "comentário infeliz".

"Dado a celeuma que causou o comentário infeliz que eu fiz no final da Missa desse último domingo, eu venho esclarecer. Mais do que esclarecer, até pedir desculpas, me retratar, porque trouxe alguns transtornos", afirmou.

O sacerdote ressaltou que é uma "pessoa que luta pela vida, a vida plena, desde a sua concepção até o seu fim natural, como nosso Senhor pede e como é a doutrina da nossa mãe Igreja. E, neste tempo de pandemia, quem me conhece, quem está próximo de mim sabe o quanto tenho me empenhado para preservar a vida, cuidar da vida, em todos os sentidos".

"Eu tenho que pedir desculpas àquelas pessoas que se sentiram ofendidas, machucadas com as minhas palavras. Espero que fique claro isto e tenho certeza que vocês que têm um coração bom vão reconhecer o meu erro e me perdoar por isso", ressaltou.

Por fim, pediu que os fiéis rezem por ele, pois também é "fraco" e "pecador". "Eu tenho minhas misérias e preciso da misericórdia de todos vocês. Fiquem com Deus", concluiu.

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