MADRI, Sep 10, 2020 / 11:03 am
Um representante legal da Netflix na Espanha reconheceu que o filme "A Primeira Tentação de Cristo", que apresenta Jesus como um homossexual e a Virgem Maria como uma prostituta, é ofensivo para os cristãos.
A Associação de Advogados Cristãos apresentou na Espanha uma denúncia que foi admitida e está em tramitação em um tribunal de Madri.
A organização de juristas apresentou a denúncia considerando que a plataforma de conteúdo online, com a veiculação deste filme, cometeu crime contra os sentimentos religiosos na forma de escárnio, tipificado no artigo 525 do Código Penal.
O depoimento do imputado, ou seja, da Netflix, ocorreu em 9 de setembro após a retomada das atividades dos tribunais depois da paralização decorrente da pandemia da COVID-19.
Um representante legal da plataforma de vídeo reconheceu em sua declaração perante o juiz que este filme, que atualmente tem cerca de três milhões de visualizações, é de fato ofensivo contra os cristãos.
Perguntado pela Associação de Advogados Cristãos se a plataforma transmite filmes que possam ofender outras religiões ou grupos no mesmo grau, o representante da Netflix garantiu que não transmitem este tipo de conteúdo.
Esta denúncia se junta a outra também apresentada por Advogados Cristãos contra a Netflix por causa da próxima oferta do filme "Cuties", que segundo a organização jurídica "incentiva a pedofilia".
Polonia Castellanos, presidente de Advogados Cristãos, garante que "primeiro atacam os católicos e agora promovem a pedofilia. Que tipo de plataforma é essa?".
A denúncia aguarda a resolução do juiz que decidirá se abre ou não o julgamento oral e o julgamento, ao considerar que pode ser um crime.
Filme não concorrerá ao Emmy
Após a repercussão negativa de "A Primeira Tentação de Cristo", a Netflix decidiu não inscrever este filme na disputa pelo Emmy Internacional. No ano passado, a produtora havia vencido como melhor comédia com outra obra blasfema do Porta dos Fundos, "Se Beber, não Ceie".
Após o lançamento de "A Primeira Tentação de Cristo" em dezembro de 2019,muitos criticaram a obra por seu conteúdo blasfemo. Milhares de pessoas assinaram petições no Brasil e em outros países solicitando a retirada do filme da plataforma, bem como realizaram campanhas pelo cancelamento da assinatura da Netflix.
Além disso, em janeiro deste ano, o desembargador Benedicto Abicair, da 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, determinou que a Netflix retirasse do ar o filme, atendendo ao pedido da Associação Centro Dom Bosco de Fé e Cultura.
Na decisão, o desembargador assinalou que "o direito à liberdade de expressão, imprensa e artística não é absoluto" e "que deve haver ponderação para que excessos não ocorram, evitando-se consequências nefastas para muitos, por eventual insensatez de poucos".
Entretanto, Netflix recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a exibição do filme.
Confira também:
Presidente do STF autoriza Netflix a exibir filme blasfemo sobre Jesus gay https://t.co/WnjJCpGtcx
- ACI Digital (@acidigital) January 10, 2020
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