23 de novembro de 2024 Doar
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Presidente de Bispos da Europa pede solidariedade após incêndio em campo de refugiados

Campo de refugiados de Moria (Grécia). Crédito: Vatican News.

O Presidente da Comissão Episcopal Europeia e Arcebispo de Luxemburgo, Cardeal Jean-Claude Hollerich, expressou sua consternação pelo incêndio ocorrido no campo de refugiados de Moria, na ilha de Lesbos (Grécia).

Segundo informou Vatican News, o Cardeal Hollerich apelou aos países da Europa para que assumam sua responsabilidade com os refugiados.

O campo de refugiados da ilha grega de Lesbos, que foi visitado pelo Papa Francisco em 2016, sofreu um grave incêndio na madrugada da quarta-feira, 9 de setembro.

De acordo com Vatican News, o presidente dos Bispos da Europa assegurou que "devemos aceitar a nossa responsabilidade como seres humanos. Isso significa que todos os países que prometeram acolher crianças e doentes nem sempre devem adiá-lo por qualquer motivo. Em vez disso, deveriam fazer isso agora. Também acredito que a Igreja deve agir. Sant'Egidio está muito presente e já conduziram muitas pessoas pelos corredores humanitários, especialmente na Itália. E se a pobre Itália ainda pode acolher todas essas pessoas, não entendo por que os países menos afetados pela crise do coronavírus não podem dar sua contribuição".

Além disso, assegurou que "muitos governos estão ouvindo a direita radical que não quer refugiados".

Algo que, em sua opinião, "está levando a Europa à desumanidade, estamos perdendo nosso senso de humanidade".

Nesse sentido, recordou que, apesar da crise econômica derivada da pandemia do coronavírus, ainda é importante "compartilhar no sentido cristão da palavra", pois "também significa compartilhar quando se é pobre".

O próprio Cardeal Hollerich visitou o campo de Moria em 2019 e depois hospedou duas famílias de refugiados em sua Arquidiocese em Luxemburgo.

"Posso dizer-lhes a alegria que sinto quando visito estas duas famílias", disse o cardeal. "As pessoas estão muito felizes por terem uma vida normal. As crianças, que nunca tiveram oportunidade de ir à escola, estão aprendendo o alfabeto enquanto falamos. Têm esperança de viver. Devemos dar esperança a essas pessoas", assegurou.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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