22 de dezembro de 2024 Doar
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Papa recebe os pais de sacerdote assassinado por pessoa com problemas mentais

Papa Francisco no Vaticano. | Daniel Ibáñez / ACI Prensa

O Papa Francisco se encontrou no Vaticano com os pais de Padre Roberto Malgesini, sacerdote da Diocese de Como, assassinado por um sem-teto com problemas mentais.

O encontro aconteceu nesta quarta-feira, 14 de outubro, antes da Audiência Geral, segundo o Santo Padre relatou durante sua catequese semanal.

"Antes de entrar na sala, encontrei os pais do sacerdote da Diocese de Como que foi assassinado; precisamente foi assassinado em seu serviço para ajudar", disse o Papa.

O Pontífice assinalou que "as lágrimas daqueles pais são as lágrimas deles e cada um deles sabe o quanto sofreu ao ver o filho que deu a vida no serviço aos pobres".

"Quando queremos consolar alguém não encontramos palavras, porque não podemos chegar à sua dor, porque a sua dor é sua, as lágrimas são suas. O mesmo acontece conosco. A dor é minha, as lágrimas são minhas. Com essas lágrimas e essa dor me dirijo a Deus", disse em sua catequese dedicada ao Livro dos Salmos.

Por sua vez, o Bispo de Como, Dom Oscar Cantoni, que acompanhou os pais de Pe. Roberto, descreveu a Vatican News que o encontro foi "comovente", que o Papa abençoou os pais do sacerdote assassinado e recordou que "estas mortes reavivam a fé do povo de Deus", porque "são pessoas que já estão no céu e do céu apoiam o caminho do povo de Deus, por vezes difícil, de uma forma muito especial e em particular daqueles que vivem diretamente para a evangelização".

lém disso, Dom Cantoni lembrou que saíram do encontro " muito consolados deste encontro, fortalecidos na fé e na caridade".

Padre Roberto Malgesini, de 51 anos, foi morto a facadas no dia 15 de setembro perto de sua paróquia, a Igreja de San Rocco, na cidade de Como, localizada no norte da Itália. Era especialmente conhecido na cidade por seu trabalho em prol dos mais necessitados e, em particular, dos migrantes.

Informou-se que seu agressor, que sofria de problemas mentais, era um dos migrantes que ajudou.

Um dia após a sua morte, o Papa Francisco se uniu "à dor e à oração dos seus familiares e da comunidade de Como e, como disse o seu bispo, 'louvo a Deus pelo seu testemunho, isto é, pelo martírio, desta testemunha da caridade para com os mais pobres'".

Por isso, o Santo Padre pediu, então, que rezassem em silêncio por Pe. Roberto Malgesini "e por todos os sacerdotes, freiras, leigos, leigas que trabalham com os necessitados e descartados pela sociedade".

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, outorgou a medalha de ouro ao valor civil deste sacerdote que, "com uma abnegação generosa e incansável, sempre trabalhou duro, como um autêntico intérprete dos valores da solidariedade humana, no cuidado dos menores e sua fragilidade, oferecendo um acolhimento amoroso e um apoio constante", disse no dia 7 de outubro, após a assinatura do decreto.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.

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