19 de dezembro de 2024 Doar
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Arcebispo exilado se reúne com funcionários do Vaticano

Cardeal Pietro Parolin e Dom Tadeusz Kondrusiewicz | Cortesia de Catholic.by (https://bit.ly/35akDB2) - Fotografia de Vitaly Palinevsky

O exilado Arcebispo de Minsk-Mogilev e presidente da Conferência Episcopal da Bielorrússia, Dom Tadeusz Kondrusiewicz, se reuniu com autoridades do Vaticano na segunda-feira, de acordo com o portal oficial da Igreja Católica do país do Leste Europeu.

"Em 19 de outubro, o Arcebispo Tadeusz Kondrusiewicz, Metropolita de Minsk e Mogilev, se reuniu com o Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado de Sua Santidade o Papa Francisco, e o Arcebispo Paul Richard Gallagher, Secretário para as Relações com os Estados dentro da Secretaria de Estado da Santa Sé", diz a publicação de Catholic.by.

Também foi informado que durante o encontro "discutiram a situação na Bielorrússia e os planos para o Arcebispo Kondrusiewicz retornar à sua terra natal".

O site disse que o Vaticano está "preocupado" que o presidente da Conferência Episcopal da Bielorrússia permaneça exilado do país.

"A Santa Sé está fazendo todo o possível para corrigir a situação o mais rápido possível e espera que o problema seja resolvido de forma positiva", acrescentou a publicação.

No dia 31 de agosto, a Guarda de Fronteira Bielorrússia negou a entrada de Dom Kondrusiewicz. Posteriormente, as autoridades alegaram que seu passaporte era "inválido", mas o convidaram a apelar da decisão.

Dom Paul Richard Gallagher visitou a Bielorrússia como enviado da Santa Sé de 11 a 14 de setembro para discutir a situação com autoridades bielorrussas, mas as conversas não resultaram em progresso imediato.

Antes do exílio, Dom Kondrusiewicz havia se manifestado em defesa dos manifestantes que protestavam contra a nova reeleição presidencial de Alexander Lukashenko, que segundo o órgão eleitoral obteve 80% dos votos. Lukashenko é presidente da Bielorrússia desde 1994, três anos depois que o país declarou sua independência da ex-União Soviética.

O resultado das eleições de 9 de agosto gerou manifestações em massa pedindo a renúncia de Lukashenko.

Dom Kondrusiewicz exigiu uma investigação sobre relatos de que a tropa de choque bloqueou as portas de uma igreja católica em Minsk ao remover manifestantes de uma praça próxima. Do mesmo modo, em 19 de agosto, rezou do lado de fora de uma prisão onde manifestantes presos teriam sido torturados.

Os protestos continuam por mais de dois meses após as eleições. No domingo, 18 de outubro, dezenas de milhares de manifestantes marcharam por Minsk, de acordo com a Associated Press.

As autoridades da Bielorrúsia enfrentaram condenação internacional pelo tratamento dispensado ao seu arcebispo. O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, disse em 13 de outubro que o exílio de Dom Kondrusiewicz foi uma "injustiça" e "uma afronta à liberdade religiosa".

Na noite de segunda-feira, Dom Kondrusiewicz se uniu às crianças que rezavam o Terço na Bielorrússia por meio de um link de vídeo desde Roma.

Catholic.by disse que as crianças estavam participando da campanha "Um milhão de crianças rezam o Terço", organizada pela Fundação Pontifícia para a Ajuda à Igreja que Sofre.

A oração, dirigida por Dom Yuri Kasabutsky, Bispo Auxiliar de Minsk-Mohilev, aconteceu na capital. As crianças rezaram pelo fim da pandemia de coronavírus e pelo breve retorno de Dom Kondrusiewicz à Bielorrússia, informou o site.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.

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