21 de dezembro de 2024 Doar
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Bispos apoiam lei que impede que atletas transgêneros compitam com mulheres nos EUA

Foto referencial. Crédito: Unsplash | Jonathan Chng.

A Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) se pronunciou a favor de uma nova legislação que visa impedir que atletas masculinos transexuais ou com discordância de gênero participem de equipes e competições para mulheres e meninas.

Em 27 de outubro, representantes da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos parabenizaram a senadora Kelly Loeffler, republicana da Geórgia, e William Gregory Steube, representante republicano da Flórida, por serem os autores das versões do Senado e da Câmara dos Representantes do projeto de lei.

A Lei de Proteção de Mulheres e Meninas no Esporte evitaria que as entidades que recebem financiamento público do Título IX, lei federal que protege contra a discriminação com base no sexo, permitam que estudantes do sexo masculino participem de programas e equipes esportivas para estudantes do sexo feminino.

Os representantes da (USCCB) que enviaram a carta foram o Bispo de Oakland, Dom Michael C. Barber, líder do Comitê de Educação Católica; e o Bispo de Tulsa, Dom David A. Konderla, presidente do Subcomitê para a Promoção e Proteção do Casamento da Conferência.

"Os jovens que experimentam discordância de identidade de gênero devem ter garantido o direito a participar em, ou fazer provas para, o atletismo estudantil nos mesmos termos que qualquer um de seus pares, em atividades mistas ou, quando os sexos estejam separados, de acordo com o seu sexo", assinalaram.

Os bispos também lembraram que "o assédio ou a discriminação injusta contra eles [estudantes com discordância de gênero] neste sentido é inequivocamente imoral" e encorajaram a ter uma "resposta amorosa" com eles.

Oferecer uma resposta amorosa ajudaria esses alunos a desenvolver "uma paz genuína com sua mente e corpo, em vez de facilitar 'transições' drásticas em busca de uma identidade totalmente independente de seu corpo físico", disseram.

No entanto, os bispos enfatizaram que permitir que estudantes do sexo masculino participem de atletismo com meninas "pode ​​ser injusto e inseguro, especialmente em esportes de alto contato".

Em relação à injustiça, afirmaram que embora algumas mulheres tenham conseguido jogar com sucesso em esportes principalmente masculinos, "uma política que torna mais fácil para os homens competirem [contra as mulheres] tira uma oportunidade atlética de uma mulher" e isso representa "uma perda para justiça básica e o espírito do Título IX ".

A este respeito, vários atletas de provas de pista estão atualmente processando a Conferência Atlética Interescolar de Connecticut depois que dois estudantes nascidos no sexo masculino, mas que se identificam como mulheres, ganharam as competições de atletismo feminino estadual. As atletas argumentaram que os dois corredores lhes tiraram as oportunidades de competir em nível nacional e estatal.

Em relação ao tema da insegurança, os bispos disseram que a altura dos atletas "também pode representar problemas de segurança física em esportes de alto contato". "Em geral, os homens têm diferentes vantagens físicas em diversos esportes, e isso já se manifesta em eventos esportivos ao redor do mundo", acrescentaram.

Sobre a questão física, os bispos foram enfáticos ao afirmar que os procedimentos hormonais não são a solução para "remediar" as diferenças físicas e que, pelo contrário, são prejudiciais ao desenvolvimento corporal e à saúde.

"Nenhuma dessas preocupações se remedia com procedimentos hormonais cruzados, que são exigidos por algumas associações atléticas para a participação em esportes do sexo oposto, uma vez que não resolvem totalmente as disparidades na massa muscular média, características ósseas e a capacidade pulmonar uma vez que a puberdade está em andamento, [o que geralmente é o caso dos estudantes atletas]".

Os bispos também expressaram preocupação com o fato de que submeter-se a várias terapias hormonais para se assemelhar melhor ao gênero escolhido por alguém pode ser prejudicial para o atleta.

"Lupron" é um medicamento quimioterápico que geralmente é prescrito para usos diferentes daqueles para os quais foi criado, especificamente como um "bloqueador da puberdade" para meninos que buscam mudar de sexo. Este medicamento tem o efeito colateral de reduzir a densidade óssea.

Para os bispos, a "Lei de Proteção de Mulheres e Meninas no Esporte abordaria essas questões crescentes no importante contexto da educação, do ensino fundamental à universidade, e restauraria um campo de jogo justo e seguro para todas as crianças e adultos jovens".

"Podemos torná-lo melhor para todos os alunos e devemos continuar mantendo o progresso feito com o Título IX na promoção de oportunidades para mulheres e meninas", concluíram.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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