22 de dezembro de 2024 Doar
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A espiritualidade de seu filho mais novo os levou a se converter e se casar na Igreja

Paco e Mara no dia do casamento na Igreja. Crédito: Archivalencia.

Paco Roig e Mara Vidagany têm dois filhos e estão casados ​​no civil há 40 anos, mas após uma longa jornada de conversão, acabam de contrair o matrimônio na Igreja. Um retorno à fé que começou com a espiritualidade de seu filho mais novo e que culminou no reencontro na fé de uma família inteira.

Segundo explicam a Paraula, o semanário da Arquidiocese de Valência (Espanha), ambos foram batizados, mas desde jovens viviam separados da fé e nunca haviam pensado em se casar na Igreja. No entanto, a experiência de fé de Victor, seu filho mais novo, fez com que mudassem completamente de ideia.

Desde muito pequeno, Victor começou a "brincar" para celebrar a Missa. Na tábua de passar, colocava um lençol como toalha de mesa e usava um cachecol como estola. No entanto, Victor nunca havia participado da Missa nem recebido catequese.

Paco assegurou que "aquilo nos surpreendeu porque fazia sem que ninguém o induzisse a isso, sem ter tido notícias na catequese de nenhuma paróquia porque nunca o levamos, ou sem ter ouvido falar disso nas aulas de religião porque foi matriculado depois, aos 8 anos e, além disso, nós o matriculamos porque ele insistiu irritado porque não o fazíamos".

Brincadeiras que foram se aprofundando na alma de Victor até se constituírem numa verdadeira religiosidade. O menino começou a rezar e quando tinha 10 anos pediu para ser batizado, algo que seus pais rejeitaram e disseram que quando fosse maior de idade poderia fazer isso.

"Aos 18 anos, um dia ele nos recordou e não podíamos mais recusar", conta Paco a Paraula.

E embora Paco não saiba exatamente o que o levou a retornar à Igreja, destaca que "a fé misteriosa" de seu filho guiou seus passos "de volta à prática religiosa".

Aos 45 anos, Paco estava muito desanimado e começou a sentir a necessidade de encontrar algo que respondesse às suas inquietudes.

Em visita ao mosteiro de Leyre, em Navarra, foi conversar com um sacerdote. "Queria conversar e no final ele me ajudou a confessar, refletindo, vi toda a minha vida, tudo o que tinha feito, fui para o claustro e comecei a chorar", assegurou.

Depois dessa experiência, começou a considerar seu retorno à Igreja Católica. Mas foi apenas três anos depois que decidiu dar o passo de retornar à Igreja Católica. O ponto decisivo aconteceu no mosteiro de La Puridad das Franciscanas Clarissas de Valência.

"As monjas estavam rezando e ouvi uma ladainha que dizia algo como 'aproximem-se os indecisos, humilhem-se diante de Deus e Ele os exaltará'... E naquele momento resolvi voltar para a Igreja", assinala Paco.

Começou às escondidas de sua esposa a participar da catequese do início do Caminho Neocatecumenal na paróquia de São Martinho, em Valência (Espanha).

Porém, seu catequista o aconselhou que se sua esposa fizesse objeções, ele deveria ouvi-la e parar, para não comprometer a estabilidade do casamento. Mas um dia Paco decidiu contar tudo para a esposa. Uma notícia que ela não recebeu de um jeito bom, e ficou chateada, mas após a surpresa inicial, Mara lhe disse que se ele se sentisse bem, era importante para ele e era algo bom para a relação, não seria contra e estaria disposta a acompanhá-lo.

No ano seguinte, Mara ingressou também em uma comunidade neocatecumenal, a mesma em que continuam frequentando juntos hoje.

O casamento deles foi o primeiro celebrado na antiga igreja da Companhia, desde que o Papa Francisco lhe concedeu o título de basílica menor há um ano, como Basílica do Sagrado Coração de Jesus, segundo Paraula.

Tanto Paco como Mara participam da Missa dominical nessa igreja, na qual, asseguram, se sentem "muito acolhidos", como na vizinha paróquia de São Martinho, que também frequentam. Além disso, seu filho trabalha como acólito na basílica.

Há um ano e meio, Mara foi diagnosticada com câncer avançado com prognóstico médico ruim. "Este retorno a Deus e à Igreja tem sido muito bom para eu enfrentar uma doença tão grave, pois a Igreja sempre nos dá uma palavra de esperança: que a morte não é a última coisa, que este é um caminho que todos temos que fazer com alegria porque vamos ver o nosso Criador", afirma Paco.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.

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