17 de novembro de 2024 Doar
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Bispos suíços lamentam êxodo recorde de católicos em 2019

Foto referencial. Crédito: Pixabay

Em um comunicado publicado em 2 de dezembro na conclusão de sua assembleia plenária, os bispos suíços lamentaram o número recorde de fiéis que deixaram a Igreja Católica em 2019.

De acordo com os dados divulgados, em 19 de novembro, pelo Instituto de Sociologia Pastoral de San Gallen, em 2019, 31.772 fiéis deixaram a Igreja Católica, o que equivale a 1,1% dos seus membros. Isso significa um aumento de 25% em relação aos 25.336 que deixaram a Igreja em 2018.

Em sua declaração, os bispos disseram que "a pandemia pode acelerar esses eventos nos próximos meses". "A tendência é preocupante e vai gerar algumas mudanças a médio e longo prazo. No entanto, os bispos afirmam que a Igreja é o Corpo de Cristo e é muito mais do que um conjunto de fatos e números", acrescentaram.

"Nos cantões de Genebra, Valais, Neuchâtel e Vaud praticamente não houve saídas, fato que pode ser explicado pelos diferentes sistemas fiscais eclesiais. Nos cantões de língua francesa da Suíça, o motivo de deixar a Igreja para não pagar o imposto não se aplica", escreveu Urs Winter-Pfändler, administrador científico de projetos do instituto.

O especialista também indicou que, se os cantões de língua francesa fossem excluídos, a taxa de evasão no país seria semelhante à da Alemanha e da Áustria, que também experimentaram recordes de saídas da Igreja.

Calcula-se que há 3,1 milhões de católicos na Suíça, que tem uma população total de 8,5 milhões.

Os bispos também disseram que "no ambiente atual - que também é autoinfligido - a missão da Igreja só pode ser cumprida com grandes obstáculos".

Também indicaram que o novo "processo" denominado "Juntos no caminho da renovação da Igreja" ajudará a reavivar a fé na Suíça.

Os bispos explicaram em setembro de 2019 que o "processo" deve examinar diversos temas como a transmissão da fé, o papel da mulher na Igreja, o celibato e a ordenação de viri probati (homens casados ​​de comprovada virtude), bem como o abuso de poder na Igreja.

No entanto, especificaram que este "processo" não será igual ao polêmico "processo sinodal" que está sendo realizado na Alemanha.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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