21 de novembro de 2024 Doar
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Assim a fé é vivida perto do Círculo Polar Ártico

Comunidade católica na cidade de Harstad (Noruega). Crédito: ACN.

Na cidade de Harstad, na ilha de Hinnoya (Noruega), a Pontifícia Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) apoia a construção de uma paróquia que foi destruída em 2015 por um incêndio.

O pároco é o Pe. Gunther Jäger, que vem da Baixa Baviera, na Alemanha, mas passou mais da metade de sua vida na Noruega.

Pe. Jäger passou alguns anos da sua juventude no mosteiro dos cónegos agostinianos de Molde (Noruega) e mais tarde completou a sua formação sacerdotal na Escócia.

Mas, depois de sua ordenação sacerdotal, pediu para trabalhar como pároco. Por isso, chegou há 5 anos à igreja de Santa Sunniva, na cidade de Harstad, que está entre as paróquias situadas mais ao norte do mundo, a apenas 250 quilômetros do círculo polar ártico.

Segundo declarações do Pe. Jäger à ACN, existem apenas 250 católicos em Harstad, ou seja, 1%.

Enquanto termina a construção da paróquia, que incluirá uma casa para o pároco, Pe. Jäger mora em um apartamento próximo à igreja, que fica em um edifício onde no primeiro andar há uma mesquita.

Cerca de 75% dos habitantes do país pertencem à Igreja Evangélica-Luterana, mas a taxa de participação é inferior a 1%.

Apesar de ser uma minoria entre as minorias, a paróquia do Pe. Jäger mostra a universalidade da Igreja pela sua grande diversidade: apenas cerca de 10% dos paroquianos nasceram na Noruega, o resto é composto por pessoas de 51 outros países.

Muitos deles são imigrantes da Europa Oriental, embora também haja refugiados da África e do Oriente Médio, para quem a vida em Harstad é uma mudança impressionante.

Para superar a barreira do idioma, a paróquia organiza seu próprio curso de norueguês, e celebra uma Missa por mês em polonês e outra em inglês. Além disso, contam com vários folhetos paroquiais para que os paroquianos possam ler as leituras da Missa em seu idioma.

Embora a Noruega seja um dos países mais ricos do mundo, os católicos não vivem dessa forma. "Não dispomos do mais básico, como objetos litúrgicos ou livros. Somos uma Igreja pobre em um país rico", destaca Pe. Jäger, algo que se tornou especialmente agudo nos últimos meses devido à pandemia do coronavírus.

Ajuda à Igreja que Sofre colaborou com eles, fornecendo material catequético em várias línguas, incluindo o persa. "Também estamos profundamente gratos por seu apoio financeiro para a reconstrução de nossa igreja", disse o pároco.

Quase mil fiéis pertencem à paróquia de Santa Sunniva, porque inclui muito mais do que a cidade de Harstad. Por isso, as diferentes comunidades estão tremendamente distantes umas das outras e Pe. Jäger passa muito tempo visitando os fiéis.

"Às vezes tenho que viajar mais de três horas de balsa para chegar aos paroquianos. Nesses locais não contamos com edifícios próprios, mas na maioria dos casos alugamos salas da Igreja Protestante ou de outras instituições para celebrar missas", explica.

Mesmo com "a distância geográfica até os paroquianos sendo grande, humanamente sinto-me muito próximo deles. Quase não tenho trabalho administrativo ou de comitês, mas participo diretamente da vida das pessoas. A pequena dimensão da nossa paróquia permite-me dedicar muito tempo ao cuidado individual e pastoral".

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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