18 de dezembro de 2024 Doar
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Enviado do Papa se reúne com o presidente da Bielorrússia diante de ataques à Igreja

Protestos na Bielorrússia. | CastleMound - Wikimedia Commons (CC BY-SA 4.0)

A situação dos direitos humanos na Bielorrússia, depois da impugnação dos resultados eleitorais de 9 de agosto, é cada vez mais delicada. À repressão às manifestações contra o presidente Aleksander Lukashenko, acusado pelos opositores de fraude eleitoral, une-se a perseguição da liberdade religiosa.

O Arcebispo de Minsk-Mohilev e presidente dos Bispos bielorrussos, Dom Tadeusz Andrusiewicz, está no exílio desde 31 de agosto passado, depois que a polícia o impediu de retornar ao país após ter estado na Polônia para participar de uma celebração litúrgica.

Desde o início da crise, a diplomacia vaticana não parou de realizar esforços para permitir o retorno de Dom Andrusiewicz, para garantir que o direito à liberdade religiosa e outros direitos humanos sejam respeitados e para favorecer o diálogo com a oposição.

Agora, o Papa Francisco deu mais um passo e transferiu diretamente sua "preocupação" com a situação no país ao presidente Lukashenko, por meio de um enviado que se reuniu na manhã de quinta-feira, 17 de dezembro, com o presidente bielorrusso.

Segundo confirmou a sala de imprensa vaticana, por meio de um comunicado de seu diretor, Matteo Bruni, o ex-núncio apostólico na Bielorrússia, Dom Claudio Gugerotti, na qualidade de enviado especial do Pontífice, encontrou-se com Lukashenko às 9h30 de Roma.

O enviado pontifício transmitiu ao presidente bielorrusso as reivindicações e preocupações do Santo Padre, disse Bruni no comunicado.

A crise na Bielorrússia começou em 9 de agosto, quando o presidente Aleksander Lukashenko, no poder desde 1994 e que estabeleceu uma ditadura de inspiração soviética após a queda do regime comunista na Bielorrússia, foi eleito em eleições supostamente fraudadas.

O governo Lukashenko iniciou a repressão para restringir ainda mais as liberdades dos cidadãos e combater os grupos de protesto. Nessa estratégia, também iniciou uma campanha contra as autoridades religiosas e, em particular, a Igreja Católica no país.

Lukashenko chegou a ameaçar nacionalizar a Igreja Católica no país. Por enquanto, já afastou o presidente dos bispos.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.

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