19 de dezembro de 2024 Doar
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Aprovação do aborto na Argentina: Igreja reafirma que continuará defendendo a vida

Imagem referencial. Crédito: Luma Pimentel no Unsplash.

Depois que o Senado aprovou a legalização do aborto, a Conferência Episcopal (CEA) lamentou o distanciamento de parte da liderança dos sentimentos da maioria do povo argentino que ama a vida, e assegurou que continuará "a trabalhar com firmeza e paixão no cuidado e serviço à vida".

O projeto de legalização do aborto na Argentina foi aprovado pelo Senado na madrugada de 30 de dezembro por 38 votos a favor, 29 contra, 1 abstenção e 4 ausências, após 12 horas de debate.

Uma pesquisa da Universidade do Norte Santo Tomás de Aquino (Unsta), realizada entre os dias 20 e 24 de dezembro, revelou que 93% dos argentinos são contra o projeto de legalização do aborto e que 92% acham que não é tema de urgência na saúde pública.

Além disso, diversas mobilizações em nível nacional mostraram que a maioria dos argentinos é a favor das duas vidas e considera que a legalização do aborto não é uma emergência em meio ao complexo contexto de saúde devido à pandemia do coronavírus.

"Essa lei que foi votada aprofundará ainda mais as divisões em nosso país", assegurou a CEA em um comunicado após a votação.

"Lamentamos profundamente o distanciamento de parte da liderança dos sentimentos do povo, que se expressou de diversas maneiras a favor da vida em todo o nosso país", acrescentaram.

"Temos a certeza de que nosso povo continuará sempre a escolher toda a vida e todas as vidas. E junto com ele continuaremos trabalhando pelas prioridades autênticas que requerem atenção urgente em nosso país".

"As crianças que vivem na pobreza em número cada vez mais alarmante, o abandono da escolaridade por muitos deles, a premente pandemia de fome e desemprego que afeta numerosas famílias, bem como a dramática situação dos aposentados, que veem seus direitos mais uma vez violados", frisou a CEA.

Além de agradecer aos cidadãos e legisladores que defenderam o cuidado com de toda a vida, a CEA pediu "defendê-la sempre, sem esmorecer" para "construir uma nação justa e solidária, onde ninguém é descartado e na qual seja possível viver uma verdadeira cultura do encontro", concluiu.

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