14 de dezembro de 2024 Doar
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Multinacional admite que por mais de 15 anos contribuiu para legalizar o aborto na Argentina

Imagem referencial. Crédito: Flickr Inorganica (CC-BY-2.0).

A multinacional International Planned Parenthood Federation (IPPF) admitiu recentemente que há mais de 15 anos "nutriu" organizações e ativistas na Argentina para conseguir a legalização do aborto.

Em um comunicado publicado após a legalização do aborto na Argentina, a IPPF assegurou que "este é um momento histórico para nossa região".

No dia 30 de dezembro, após 12 horas de debate, o Senado da Argentina aprovou, com 38 votos a favor, 29 contra e 1 abstenção, o projeto de legalização do aborto promovido por Alberto Fernández, presidente do país.

O projeto já havia sido aprovado pela Câmara dos Deputados em 11 de dezembro.

A IPPF garantiu que apoia diretamente "sete parceiros na Argentina, que por sua vez subsidiam outras 20 organizações de base em todo o país".

Seus parceiros, continuou a multinacional do aborto, "têm se mobilizado em torno de atividades compartilhadas, como advogar junto aos legisladores e garantir comunicações fortes para manter o direito ao aborto em destaque no discurso público".

"Também estão planejando ativamente a melhor forma de ajudar na implementação da nova lei (do aborto)", disse a IPPF.

Entrevistada por CNN, Giselle Carino, diretora regional da IPPF para a região do Hemisfério Ocidental, disse que o aborto se trata de "saúde pública e salvar a vida", e garantiu que o lenço verde usado pelos promotores dessa prática "se tornou um símbolo de liberdade e cidadania".

A filial da IPPF nos Estados Unidos, Planned Parenthood Federation of America (PPFA), foi acusada de tráfico de órgãos e tecidos de bebês abortados em suas instalações.

A IPPF também expressou seu desejo de que "esta vitória histórica tenha um efeito cascata na região, que abriga algumas das leis de aborto mais draconianas do mundo".

A legalização do aborto na Argentina tem enfrentado críticas tanto naquele país quanto em outras nações ibero-americanas.

O cientista político pró-vida argentino Agustín Laje garantiu que "o aborto nunca foi uma demanda popular na Argentina". Também criticou as celebrações de organismos internacionais como as Nações Unidas e a Open Society Foundations, de George Soros.

"Isso foi obviamente muito bem financiado pelas organizações que agora o celebram: ONU Mulheres, Open Society Foundations, IPPF (International Planned Parenthood Federation) e todas as outras siglas que já conhecemos muito bem", disse Laje à ACI Prensa.

No mesmo dia 30 de dezembro, a Câmara dos Deputados do Paraguai realizou um minuto de silêncio por causa da legalização do aborto na Argentina.

O deputado Raúl Latorre fez o pedido aos deputados paraguaios: "Peço um minuto de silêncio pelas milhares de vidas de irmãozinhos argentinos que vão se perder, antes mesmo de nascer, com base na recente decisão tomada pelo Senado do país vizinho".

Eduardo Verástegui, conhecido produtor e ator mexicano, defensor da vida, descreveu o presidente da Argentina, Alberto Fernández, como um "assassino de bebês".

"Quantas moedas lhe pagaram para cumprir sua promessa de campanha de morte? (Veja o que aconteceu com o traidor de Judas por vender Jesus por algumas moedas)",  disse Verástegui através do Twitter, e questionou: "se um presidente não é capaz de defender os mais vulneráveis ​​de seu país, então quem você pretende defender?".

Recentemente, um juiz federal da província de Salta admitiu uma ação que visa declarar a inconstitucionalidade da recente legalização do aborto na Argentina.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.

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