Vaticano, Feb 7, 2021 / 14:20 pm
Ao concluir a oração do Ângelus deste domingo, o Papa Francisco rezou pelo povo de Mianmar e pediu para promover "a justiça social e a estabilidade nacional, para uma convivência harmoniosa".
"Nestes dias acompanho com grande preocupação a evolução da situação que se criou em Mianmar, um país que, desde a minha visita apostólica de 2017, carrego no coração com muito afeto", disse o Papa.
Além disso, o Santo Padre acrescentou "neste momento tão delicado quero assegurar mais uma vez minha proximidade espiritual, minha oração e minha solidariedade com o povo de Mianmar. E rezo para que todos aqueles que têm responsabilidades no país se coloquem com sincera disponibilidade a serviço do bem comum, promovendo a justiça social e a estabilidade nacional, para uma convivência harmoniosa".
Por isso, o Pontífice pediu "Rezemos por Mianmar" e permaneceu um breve momento em silêncio para oração.
A República da União de Mianmar (ex-Birmânia) é um país localizado no sudeste asiático limitado a noroeste pela Índia e Bangladesh, a leste pela Tailândia e Laos, a nordeste pela China e ao sul pela Baía de Bengala e o Mar Andamão.
Em 1º de fevereiro, houve um golpe contra a líder Aung San Suu Kyi e os chefes militares declararam estado de emergência por um ano e que o país seria liderado pelo general Min Aung Hlaing.
Dois dias depois, o Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu "a libertação de todos os detidos, o respeito aos direitos humanos evitando o uso da violência e a restauração do processo democrático".
Segundo informou Vatican News, a mensagem do Papa neste domingo acontece no dia em que a Conferência Episcopal de Mianmar fez "um apelo aos fiéis para participarem de um dia de oração pela paz" e acrescentou que "os bispos em suas homilias continuaram a apelo ao diálogo, à não violência e ao retorno da democracia".
Por sua vez, o presidente da Conferência Episcopal, Cardeal Charles Maung Bo, disse em 4 de fevereiro que "a paz é o único caminho e a democracia é a luz deste caminho".
Menores migrantes
Em seguida, o Santo Padre fez um apelo "a favor dos menores migrantes não acompanhados".
"São tantos! Infelizmente, entre aqueles que por motivos diversos são obrigados a abandonar a sua pátria, existem sempre dezenas de crianças e jovens sozinhos, sem família e expostos a muitos perigos", alertou.
Neste sentido, o Santo Padre sublinhou que nos últimos dias foi informado sobre "a dramática situação de quem se encontra na chamada rota dos Balcãs" e acrescentou "mas existem em todas as rotas".
"Asseguremos que a estas criaturas frágeis e indefesas não faltem cuidados adequados e canais humanitários preferenciais", pediu o Papa.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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