Roma, Mar 4, 2021 / 08:30 am
O presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Cardeal Gualtiero Bassetti, destacou que a Igreja espera que as celebrações da Páscoa deste ano possam contar com a participação dos fiéis.
Assim afirmou em uma entrevista ao jornal Il Messaggero, em 2 de março.
Referindo-se ao acordo estabelecido durante o anterior Governo presidido por Giuseppe Conte, que descreve as normas para o culto, o Purpurado destacou que "de acordo com o regulamento estabelecido, as celebrações poderão ser com a participação do público e não on-line como no ano passado".
Além disso, o Cardeal Bassetti destacou a importância do papel da Igreja na sociedade italiana, apesar da secularização e da diminuição da participação na Missa dominical.
"Apesar de todos os discursos sobre a secularização, a Igreja continua presente na sociedade e, acima de tudo, é claramente visível. Está presente nos povoados e cidades, nas periferias e centros históricos, nas escolas e no mundo do trabalho. Mas, acima de tudo, a Igreja está presente na alma de muitas mulheres e homens deste esplêndido país. E essa presença, principalmente em tempos de crise, é sentida", afirmou.
No entanto, o Cardeal reconheceu que esta percepção em vários casos não se converte em "um testemunho de fé, mas é apenas um sentimento do coração", razão pela qual continua presente "a preocupação pastoral por muitos que já não participam na Eucaristia dominical".
Sobre a crise social e econômica provocada pela Covid-19, o presidente do Episcopado Italiano afirmou que "em todos os momentos de crise, a Igreja sempre esteve presente e ainda hoje não se detém", acrescentando que as duas colunas que animam o seu trabalho são "a caridade e a responsabilidade".
"Qualquer um que esteja sofrendo e desamparado pode encontrar um refúgio seguro na Igreja; ao mesmo tempo, no entanto, deve ser responsável de suas ações, olhando, sobretudo, o futuro. Salvemos o futuro de nossos jovens!", pediu o Purpurado.
Por último, o Cardeal Bassetti destacou que "é necessária uma campanha de vacinação que não seja apenas bem feita, mas também justa: primeiro vêm os mais frágeis, os mais necessitados, sem atalhos nem vias preferenciais para ninguém".
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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