25 de novembro de 2024 Doar
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Campanha da Cáritas visa futuro das crianças da guerra na Síria

Imagem referencial. | Flickr İHH İnsani Yardım (CC BY-NC-ND 2.0)

Ajuda humanitária, educação e saúde são os três objetivos da campanha da Caritas Internationalis "O amanhã está em nossas mãos", dedicada às crianças sírias, ao completar 10 anos do conflito que continua assolando o país.

Em um comunicado de imprensa, a Caritas Internationalis assinalou que "as crianças sírias não conheceram outra coisa a não ser a guerra, aprenderam a se esconder ao primeiro barulho, despediram-se de seus entes queridos e amigos, foram forçadas a emigrar ou mortas durante os combates".

Assim, os menores "correm o risco de serem privados do seu futuro: no final de 2019 estimava-se que mais de 2 milhões de crianças, 1 em cada 3, não frequentavam a escola". Soma-se a isso a pandemia, que expulsou "50% das crianças do sistema educacional, expondo-as à exploração do trabalho infantil".

Por meio desta campanha, Caritas Internationalis procura ajudar as crianças nos seus locais de educação, proporcionando-lhes todo o material didático e promovendo a educação sanitária e higiênica contra a Covid-19, evitando assim que se tornem vectores de contágio.

O conflito na Síria começou em 15 de março de 2011, após um protesto contra a prisão de jovens que fizeram pichações contra o presidente Bashar al-Assad. As manifestações aumentaram e a repressão por parte das forças de segurança, com alguns manifestantes mortos, acendeu o estopim da guerra.

Caritas Internationalis advertiu que em 2020 mais de 11 milhões de pessoas precisaram de ajuda humanitária, quase a metade delas com urgência. Estima-se que a guerra deixou quase 7 milhões de deslocados.

Este contexto foi agravado pela pandemia de Covid-19. Os casos no país já são 16 mil, com milhares de mortes. A situação é preocupante, pois o confinamento agravou a crise econômica e aumentou a pobreza extrema na Síria, onde 8 em cada 10 pessoas vivem em risco de pobreza.

Entre os mais vulneráveis ​​estão as crianças, as mulheres grávidas, as jovens, as pessoas com deficiência e os idosos.

Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.

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