Episcopado pede a mesma amparo para mães violadas e seus filhos na Costa Rica

SAN JOSÉ, Oct 11, 2005 / 18:55 pm

O Presidente da Conferência Episcopal da Costa Rica publicou um enérgico comunicado no qual exige às autoridades proteger as mulheres que são vítimas de violação e velar com a mesma intensidade pelos bebês gerados neste crime.

No comunicado: "Violação e Aborto", o Bispo de Limón e Presidente do Episcopado, Dom. José Francisco Ulloa Rojas, refere-se, em nome dos pastores do país, aos últimos casos de violação contra dois menores de idade "que encheram nosso país de dor e indignação e afirma que "como Igreja do Senhor, participamos do sentir de nosso povo e, enquanto elevamos nossa voz contra tão abomináveis agressões, motivamos as autoridades correspondentes a não deixarem impunes tão graves delitos".

Depois de solidarizar-se com as famílias das meninas afetadas –uma das quais ficou grávida–, o Prelado esclareceu a quem manipula o caso para legalizar o aborto por violação que "a decisão deliberada de privar a um ser humano inocente de sua vida é sempre má do ponto de vista moral e nunca pode ser lícita nem como fim, nem como meio para um fim bom".

O texto recorda que "não se conseguiu demonstrar claramente até agora que um grave transtorno psíquico em uma mãe grávida involuntariamente se cure mediante um aborto, mas bem, a experiência parece indicar que o aborto como remédio psíquico é muito mais prejudicial para a mãe já que junto à dor da agressão aparece o conflito inevitável de ter provocado um homicídio. O aborto nem remedia a violação nem dá tranqüilidade às consciências, nem cura as feridas psíquicas".

Do mesmo modo, afirma que "se no pior dos casos a mãe violada continua rejeitando seu filho, uma vez nascido, o sentido da prudência e a proporcionalidade parece indicar que o mais indicado seria legislar a favor dos necessitados e inocentes e não a favor de que se aceite como legal um homicídio".

O Bispo lembra aos costa-riquenhos que "é nossa responsabilidade como povo solidário prestar, tanto à menina como à criatura inocente que leva em seu ventre, todo o apoio material, médico, psicológico e espiritual necessário para continuar com suas vidas".