21 de novembro de 2024 Doar
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Biden acha que o papa considera vacina “obrigação moral”

O presidente americano Joe Biden Crédito: Gage Skidmore (CC BY-SA 2.0

O presidente americano Joe Biden convocou os americanos todas a se vacinar contra o coronavírus dizendo que o papa Francisco chamou a vacinação de "obrigação moral."

Comentando o estado da vacinação contra Covid-19 na terça-feira 6 de abril, Biden elogiou a parceria entre grupos religiosos e centros de saúde comunitários para vacinar as pessoas.

Esse esforço é "um exemplo do melhor da América", disse Biden, "estão todos indo ao encontro do que o papa Francisco chama de obrigação moral, ser vacinado, algo que ele complemntou dizendo que pode salvar a vida de quem toma e a vida dos outros".

Em resposta à pergunta da CAN sobre a fonte do comentário do papa Francisco, a Casa Branca indicou uma entrevista à TV de janeiro em que o papa disse: "Acredito que, eticamente, todo mundo tem que ser vacinado."

Nessa entrevista, o papa Francisco chamou a vacinação de "uma opção ética porque concerne à sua vida, mas também à de outros".

A Congregação para a Doutrina da Fé, no entanto, declarou em dezembro que vacinar-se contra Covid-10 não é uma obrigação moral, declaração que foi aprovada pelo papa Francisco.

"Ao mesmo tempo, para a razão prática parece evidente que, em geral, a vacinação não é uma obrigação moral e, por conseguinte, deve ser voluntária", disse a CDF em sua "Nota sobre a moralidade do uso de algumas vacinas anticovid-19".

O dicastério vaticano ressaltou que, "do ponto de vista ético, a moralidade da vacinação depende não só do dever de tutela da própria saúde, mas também do dever da busca do bem comum. Um bem que, na ausência de outros meios para impedir ou apenas para prevenir a epidemia, pode recomendar a vacinação, especialmente para a salvaguarda dos mais frágeis e expostos".

Para a CDF, "quantos por motivos de consciência rejeitam as vacinas produzidas com linhas celulares derivadas de fetos abortados, devem esforçar-se para evitar, com outros meios profiláticos e comportamentos idóneos, de se tornar veículos de transmissão do agente contagioso. Em particular, devem evitar qualquer risco para a saúde daqueles que não podem ser vacinados por motivos clínicos, ou de outra natureza, e que são as pessoas mais vulneráveis".

A Conferência dos Bispos Católicos dos EUA também citou a nota da CDF ao dizer em seu documento "Resposta a questões-chaves éticas sobre as vacinas de Covid-19" de janeiro de 2021, que não há obrigação moral de tomar a vacina.

A Casa Branca alegou em março que o papa Francisco "falou a favor da segurança e eficácia de todas as vacinas". Não está claro que vacina o papa tomou e ele tabém não falou da eficácia de nenhuma vacina específica.

A CDF  disse em sua nota de dezembro que "não se tenciona julgar a segurança nem a eficácia destas vacinas,embora sejam eticamente relevantes e necessárias, cuja avaliação é de competência dos investigadoresbiomédicos e das agências de medicamentos."

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