22 de dezembro de 2024 Doar
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Papa no Domingo da Misericórdia: precisamos da confissão para nos reerguer

Papa na missa pelo DOmingo da Divina Misericórida em Roma. | Captura de tela Youtube Vatican Media

O Papa Francisco nos convidou a acudir com frequência ao Sacramento da Confissão, porque quando nos confessamos "não nos confessamos para afundarmo-nos, mas para nos deixarmos reerguer. Todos nós precisamos muito disso".

O Santo Padre se expressou assim durante a Missa da Festa da Divina Misericórdia, que celebrou este domingo, 11 de abril, na Igreja do Santo Spirito em Sassia, perto do Vaticano, junto com alguns Missionários da Misericórdia, sacerdotes instituídos durante o Jubileu do Misericórdia com a missão de levar a mais pessoas o sacramento da reconciliação.

A missa contou com a presença de um grupo de presidiários, algumas Irmãs Hospitaleiras da Misericórdia, uma representação de enfermeiras do Santo Espirito no Hospital de Sassia, algumas pessoas com deficiência, uma família de migrantes da Argentina, alguns refugiados da Síria, Nigéria e Egito, e um voluntário da Caritas da Síria.

O Papa destacou que a confissão "é o Sacramento que nos reergue, que não nos deixa prostrados, chorando no chão duro de nossas quedas. É o Sacramento da ressurreição, é pura misericórdia. E quem recebe confissões deve fazer sentir a doçura da misericórdia".

Na homilia, o Pontífice chamou a atenção para o facto de Jesus, durante a sua pregação, não ter conseguido transformar os seus discípulos. Porém, "na Páscoa acontece uma coisa nova. E isso acontece no sinal da misericórdia. Jesus os ressuscita com misericórdia. E eles, tendo sido 'misericordiados', tornam-se misericordiosos ".

O Papa Francisco citou três dons pelos quais os discípulos de Jesus, e todos os cristãos, são 'misericordiosos': a paz, o Espírito e as feridas.

Em primeiro lugar, Jesus dá paz aos seus discípulos. "Paz convosco" são as palavras que Jesus pronuncia quando aparece pela primeira vez perante os discípulos na casa em que foram encerrados "por medo, por medo de serem presos e de sofrerem o mesmo destino do Mestre".

"Mas não apenas eles foram trancados em casa, eles também estavam trancados em seus arrependimentos. Eles haviam abandonado e negado Jesus. Eles se sentiam incapazes, inúteis, inadequados", explicou o Santo Padre.

Depois, "Jesus vem e repete-lhes duas vezes: 'A paz esteja convosco.' Não oferece uma paz que resolve os problemas da caminhada, mas uma paz que inspira confiança dentro de nós. Não é uma paz externa, mas a paz do coração".

Jesus acrescenta: "Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio". Esses discípulos desencorajados se reconciliam consigo mesmos. A paz de Jesus os leva do remorso à missão. Com efeito, a paz de Jesus suscita missão. Não é tranquilidade, não é conforto, é sair de si".

Em segundo lugar, "Jesus ´misericordia´ os discípulos dando-lhes o Espírito Santo." Jesus concede o Espírito Santo "para a remissão dos pecados".

"Os discípulos eram culpados, eles fugiram, abandonando o Mestre. E o pecado atormenta, o mal tem seu preço. Estamos sempre atentos aos nossos pecados, diz o Salmo. Não podemos apagá-lo sozinhos. Só Deus o remove, só Ele com sua misericórdia nos faz sair de nossas misérias mais profundas. Como esses discípulos, devemos deixar-nos perdoar", frisou o Santo Padre.

«O perdão no Espírito Santo é o dom pascal a ressurgir interiormente», continuou. "Peçamos a graça de acolhê-lo, de abraçar o Sacramento do perdão".

O terceiro dom de Jesus com o qual ele dá sua misericórdia é oferecer suas feridas. "Essas feridas nos curaram", lembrou o Papa. Mas "como uma ferida pode nos curar? Com misericórdia".

"As feridas são canais abertos entre ele e nós, derramando misericórdia sobre nossas misérias. São os caminhos que Deus abriu completamente para que possamos entrar na sua ternura e experimentar quem ele é, e não duvidar mais da sua misericórdia ".

Assim que receberam a misericórdia do Mestre, os discípulos "tornaram-se misericordiosos". Isso se reflete nos Atos dos Apóstolos, onde é relatado que "ninguém considerava os seus bens como seus, mas todos tinham tudo em comum".

Francisco sublinhou que isto "não é comunismo, é o cristianismo na sua forma mais pura".

O Papa Francisco encerrou sua homilia com a pergunta: "Eu, que tantas vezes recebi a paz de Deus, seu perdão, sua misericórdia, sou misericordioso para com os outros? Eu, que tantas vezes me alimentei com seu Corpo, que faço para alimentar os pobres? ".

No final da celebração eucarística, o Papa Francisco presidiu na igreja do Santo Spirito in Sassia a oração Regina Coeli.

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