18 de dezembro de 2024 Doar
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‘Toda vida humana é sagrada’, dizem bispos dos EUA sobre a morte de George Floyd

George Floyd | Flickr por Lorie Shaull (CC BY-SA 2.0)

Após o veredicto que declarou culpado o ex-policial Derek Chauvin pela morte do cidadão norte-americano negro George Floyd, a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB) refletiu sobre a "profunda necessidade" de rever o sagrado em cada vida humana, especialmente nos "oprimidos historicamente".

"Hoje, um júri declarou Derek Chauvin culpado do assassinato de George Floyd. Ao receber esse resultado, lembramos que Deus é a fonte de toda justiça, amor e misericórdia. A morte de George Floyd destacou e aumentou a profunda necessidade de ver o sagrado em todas as pessoas, mas especialmente naquelas que foram historicamente oprimidas", diz a mensagem emitida em 20 de abril.

"Qualquer que seja a etapa da vida humana, não só importa, é sagrada", continua o comunicado assinado pelo bispo Shelton J. Fabre, presidente do Comitê Ad Hoc contra o Racismo e pelo arcebispo Paul S. Coakley, presidente do Comitê de Justiça, Paz e Desenvolvimento Humano.

Depois de deliberar na noite de segunda-feira, 19 de abril, e na noite de terça-feira, o júri considerou o ex-policial de Minneapolis culpado de três acusações relacionadas a homicídio não-intencional. O julgamento de Chauvin começou em 8 de março.

"Os acontecimentos posteriores à morte de George Floyd também destacaram a necessidade urgente de cura racial e reconciliação. Como vimos tão claramente no ano passado, ainda existem injustiças sociais em nosso país, e a nação continua profundamente dividida sobre como corrigir esses erros", exclamaram os bispos dos Estados Unidos.

Finalmente, os bispos enviaram suas orações "em apoio ao arcebispo de Saint Paul e Minneapolis, dom Bernard Hebda, e a toda a Conferência Católica de Minnesota".

Os bispos de Minnesota também emitiram um comunicado na tarde de 20 de abril, antes do veredicto ser anunciado, pedindo oração e justiça, e o fim do racismo.

Detalhes do caso George Floyd

Chauvin, um ex-policial de Minneapolis, foi acusado de assassinato em segundo grau e homicídio culposo pela morte de George Floyd, um homem negro de 46 anos, em 25 de maio de 2020.

Naquele dia, Floyd foi preso e agredido, após acusação de ter usado uma nota de vinte dólares falsificada em uma loja e de oferecer resistência à autoridade.

O oficial Chauvin manteve o joelho no pescoço de Floyd por vários minutos. O homem perdeu a consciência e foi levado por paramédicos a um hospital, onde foi declarado morto.

Chauvin foi preso em 29 de maio e acusado homicídio não intencional.

Os quatro policiais que participaram da tentativa de prisão, incluindo Chauvin, foram demitidos pelo Departamento de Polícia de Minneapolis.

Após a morte de Floyd, ocorreram protestos, rebeliões e distúrbios generalizados em todo o país e no mundo, que destacaram a brutalidade policial e o racismo.

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