23 de novembro de 2024 Doar
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Igreja na Colômbia se une a chamado ao diálogo e à paz diante da violência no país

Imagem referencial. Créditos: Pixabay

A Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), em conjunto com os líderes de outras religiões, emitiu uma declaração para apelar ao diálogo e à unidade diante da onda de violência e protestos que atinge o país.

No dia 9 de maio, representantes de diferentes confissões religiosas e o presidente da Colômbia, Iván Duque Márquez, realizaram um encontro conjunto onde apresentaram uma declaração sobre a difícil situação que enfrenta o país.

Participaram da reunião o bispo de Santa Rosa de Osos e secretário-geral da CEC, dom Elkin Fernando Álvarez Botero; e o secretário adjunto da CEC, padre Jorge Bustamante Mora.

Em 28 de abril, começou na Colômbia uma greve nacional com o objetivo de protestar contra a reforma tributária promovida pelo presidente Iván Duque, medida criticada por vários setores.

Os protestos, que rapidamente se tornaram violentos e nos quais participaram muitos jovens, conseguiram que o presidente retirasse a reforma e deixaram ao menos 27 mortos e centenas de feridos.

Na declaração, os bispos afirmaram que, como líderes religiosos, "rezamos pelo povo colombiano e suas instituições" e destacaram que o diálogo e a unidade são "o caminho para a superação da violência e os caminhos de fato".

"Pedimos o fim dos bloqueios que afetam milhões de famílias colombianas. Rechaçamos qualquer abuso por parte de alguns membros da força pública, bem como encorajamos e apreciamos o trabalho que têm feito para garantir os protestos pacíficos e a segurança dos colombianos", destacaram.

Em meio à violência, uma mãe perdeu seu bebê recém-nascido porque um grupo de manifestantes atacou a ambulância que os levava para Bogotá. Da mesma forma, várias instituições internacionais denunciaram a violência na resposta policial.

A CEC incentivou os governos a manter e fortalecer os "programas sociais para pessoas em situação de vulnerabilidade" e expressou seu apoio à institucionalidade "para promover processos de diálogo que permitam avançar na solução das necessidades dos mais pobres".

Da mesma forma, os bispos afirmaram sua "rejeição total a qualquer forma de violência, venha de onde vier, e ao uso dos meios de fato que afetaram gravemente os colombianos nas últimas semanas".

"Apoiamos o exercício da escuta recíproca, o diálogo constante e aberto que o Presidente da República iniciou com representantes de diversos setores, tanto a nível nacional como regional, para construir de maneira conjunta soluções que permitam atender às necessidades dos colombianos e rejeitamos qualquer incitamento à violência, ao ódio, à discórdia e à destruição da nossa sociedade", destacaram.

Os bispos destacaram que reconhecem no presidente e nas instituições "a legitimidade de nossa nação" e destacaram que celebram o início de diálogos, especialmente com os jovens, para criar um pacto "para gerar oportunidades reais de trabalho, educação e bem-estar que dignifiquem a vida de cada colombiano".

"Convidamos à construção de acordos que permitam superar a emergência sanitária da Covid-19 e aproveitar a oportunidade para impulsionar uma economia mais inclusiva que abra espaços para empregos e empreendedorismo sustentável e estável, que possam garantir a renda das famílias colombianas", concluíram.

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