5 de dezembro de 2024 Doar
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Eucaristia é suporte nas dificuldades, diz o papa sobre Corpus Christi

Imagem referencial. Papa Francisco com a Eucaristia. | Vatican Media

Na véspera da festa do Corpus Christi, o papa Francisco afirmou que o Corpo e o Sangue de Cristo são "um suporte em meio às dificuldades".

Durante a audiência geral desta quarta-feira, 2 de junho, realizada no pátio de São Dâmaso, no Vaticano, o Santo Padre exortou a que "o Corpo e o Sangue de Cristo sejam, para cada um de vocês, uma presença e um suporte no meio das dificuldades, uma sublime consolação no sofrimento de cada dia e uma dádiva de eterna ressurreição".

O pontífice convidou todos a encontrar "na Eucaristia, mistério de amor e glória, aquela fonte de graça e luz que ilumina os caminhos da vida". E orou pedindo que a celebração da solenidade do Corpo e Sangue de Cristo "aprofunde a nossa consciência da presença real de Jesus entre nós na Eucaristia".

Por último, o papa recordou que este mês de junho está dedicado ao Sagrado Coração de Jesus e aconselhou a todos pedir ao Senhor "que nos conceda um coração orante, cheio de confiança e audácia filial, bem como a graça de permanecermos sempre unidos a Ele, e entre nós, através da participação no sacramento do seu Corpo e Sangue".

Corpus Christi

A Igreja celebra a festa do Corpus Christi na quinta-feira após a solenidade da Santíssima Trindade. A solenidade do Corpus Christi foi instituída em 1246 por Roberto de Thorete, então bispo de Liège, por sugestão de Santa Juliana de Mont Cornillon. Depois do milagre eucarístico de Bolsena, de 1263, no qual uma hóstia sangrou sobre um corporal preservado hoje na catedral de Orvieto, o papa Urbano IV estendeu a celebração a toda a Igreja com a bula "Transiturus", em 1264, determinando que ela fosse celebrada na quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade.

Eu vos adoro devotamente

Um dos hinos eucarísticos mais difundidos para a festa do Corpus Christi foi o Adoro Te Devote, composto por Santo Tomás de Aquino, em 1264, a pedido do Papa Urbano IV.

Esta é a letra do hino:

Eu vos adoro devotamente, ó Divindade escondida,
Que verdadeiramente oculta-se sob estas aparências,
A Vós, meu coração submete-se todo por inteiro,
Porque, vos contemplando, tudo desfalece.

A vista, o tato, o gosto falham com relação a Vós
Mas, somente em vos ouvir em tudo creio.
Creio em tudo aquilo que disse o Filho de Deus,
Nada mais verdadeiro que esta Palavra de Verdade.

Na cruz, estava oculta somente a vossa Divindade,
Mas aqui, oculta-se também a vossa Humanidade.
Eu, contudo, crendo e professando ambas,
Peço aquilo que pediu o ladrão arrependido.

Não vejo, como Tomé, as vossas chagas
Entretanto, vos confesso meu Senhor e meu Deus
Faça que eu sempre creia mais em Vós,
Em vós esperar e vos amar.

Ó memorial da morte do Senhor,
Pão vivo que dá vida aos homens,
Faça que minha alma viva de Vós,
E que à ela seja sempre doce este saber.

Senhor Jesus, bondoso pelicano,
Lava-me, eu que sou imundo, em teu sangue
Pois que uma única gota faz salvar
Todo o mundo e apagar todo pecado.

Ó Jesus, que velado agora vejo
Peço que se realize aquilo que tanto desejo
Que eu veja claramente vossa face revelada
Que eu seja feliz contemplando a vossa glória. Amém.

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