5 de dezembro de 2024 Doar
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Estado mexicano legaliza uniões homossexuais

Foto de referência. Crédito: Daniel James | Unsplash.

Os deputados do estado de Sinaloa, no México, aprovaram a legalização da união entre pessoas do mesmo sexo, modificando os artigos 40 e 165 do Código da Família, decisão considerada por ativistas defensores da vida e da família como "um atentado" contra a instituição familiar, baseada no matrimônio entre um homem e uma mulher.

Com as modificações aprovadas, na terça-feira, 15 de junho, fica estabelecido que, no estado de Sinaloa, o casamento é "a união voluntária e legal de duas pessoas, com iguais direitos, deveres e obrigações, em que ambas buscam o respeito e a ajuda mútua".

Também foi aprovado o concubinato como a união de duas pessoas que convivem por dois anos, pelo menos, e que podem se casar, se quiserem.

Segundo o jornal El Sol de Sinaloa, o governador do estado, Quirino Ordaz Coppel, disse à imprensa local que não vetará a norma.

"Hoje, o congresso de Sinaloa consumou um atentado à família ao redefinir o casamento, equiparando-o à união homossexual. Este é o cenário com o qual vários atores políticos querem pintar o México", disse Rodrigo Iván Cortés, presidente da Frente Nacional por la Familia, à ACI Prensa.

Cortés disse que 17 deputados tentaram, com sua ausência, impedir que houvesse o quórum mínimo para a realização da votação, o que acabou não acontecendo.

O líder pró-família informou que estiveram presentes na votação 23 deputados de partidos como o PT, o PAS, o Partido Encuentro Social, e do MORENA, partido do presidente Andrés Manuel López Obrador. Cortés afirmou que eles "se renderam ao ativismo judicial, que viola a divisão dos poderes para impor uma agenda ideológica de confusão de gênero", ao referir-se à recente notificação do poder judiciário ao congresso de Sinaloa pedindo que, até o dia 15 de junho, fosse introduzida a lei sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

"Desde a Frente Nacional por la Familia queremos enfatizar que o casamento, como instituição, é a união entre um homem e uma mulher. Essa complementaridade, aberta à vida, oferece as condições para o desenvolvimento integral e pleno das crianças", disse Cortés à ACI Prensa.

Com a decisão do congresso de Sinaloa, o matrimônio como "instituição se esvazia de conteúdo" e passa a ser "como qualquer união entre as pessoas", lamentou.

Para Rodrigo Iván Cortés, os 23 legisladores que votaram a favor "não ouviram a voz da sociedade" e "deram um forte golpe nas famílias" em Sinaloa.

"Com isso, vemos agora que há legisladores que obedecem e se dobram diante de ideologias que causam danos sociais e atentam contra as crianças. Na tribuna, eles já disseram que esse é só o começo e que irão atrás da infância", afirmou.

Cortés também garantiu que "a Frente Nacional por la Familia continuará defendendo a família, buscando resguardar a inocência dos nossos filhos. Temos que defender esse núcleo básico da família, que é o matrimônio".

"É uma pena que esses legisladores não concentrem a suas prioridades na família e nas necessidades urgentes que hoje elas têm, como a crise da saúde pela pandemia e a terrível insegurança, que faz com que o crime organizado não só leve embora a vida de muitos em Sinaloa, como também leve as urnas e isso tem um impacto decisivo no processo eleitoral".

O líder pró-vida e pró-família citou a pesquisa feita por Fernando Pliego, do Centro de Pesquisas da Universidade Nacional do México. Ele explica, em seu livro "Estrutura familiar e bem-estar das crianças e dos adultos", que 77,7% das crianças experimentam "bem-estar quando moram com o pai e a mãe, na instituição do matrimônio".

Cortés disse à ACI Prensa que a decisão de hoje no congresso de Sinaloa "abre a porta para uma série de ações que achamos extremamente injustas, especialmente pelas repercussões negativas nas crianças".

"Alguns exemplos são os banheiros transgêneros nas escolas, a educação ativista sobre a ideologia da confusão de gênero, as cirurgias para mudança de gênero e as tentativas de tirar os pais de qualquer equação educacional".

"Por isso, temos que ficar espertos e não parar nesta defesa da família", concluiu.

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