22 de dezembro de 2024 Doar
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Arcebispo espanhol incentiva a fazer testamento para escapar de eutanásia

Imagem de referência. Crédito: Unsplash

O arcebispo de Sevilha, dom José Ángel Sáiz Meneses, rejeitou a "legalização de qualquer ação que tenha como finalidade acabar com a vida de uma pessoa" depois que entrou em vigor a lei da eutanásia na Espanha. "A Igreja aposta na implantação das necessárias Unidades de Cuidados Paliativos", disse.

Em carta que publicou, dom Sáiz Meneses convidou a todos para que redijam sua Declaração de Vontade Vital Antecipada, "para evitar que outra pessoa tome decisões sobre o valor de sua vida".

A Declaração de Vontade Vital Antecipada também é conhecida como testamento vital. Segundo a conferência episcopal espanhola, trata-se de uma manifestação escrita da vontade de um paciente sobre os tratamentos médicos que deseja receber, ou não está disposto a aceitar, na fase final da sua vida.

O testamento vital também especifica que sejam administrados os tratamentos paliativos, mas que não se aplique a eutanásia. Além disso, solicita-se uma atenção espiritual. É preciso registrar publicamente o documento para que tenha valor jurídico.

O arcebispo de Sevilha lembrou que "a Igreja põe especial ênfase no acompanhamento da pessoa doente e sofredora, e reconhece que, embora nem toda doença seja curável, toda pessoa é cuidável".

Por isso, frisou que "os cuidados paliativos oferecem uma atenção integral da pessoa, abordando suas necessidades físicas, psicológicas, sociais e espirituais". É uma atenção plena, que inclui também a assistência e o acompanhamento dos familiares e daqueles que buscam "evitar o sofrimento evitável e dar sentido àquele sofrimento que não pode ser evitado".

Dom Meneses lembrou que "é importante esclarecer que existem cuidados que não interferem no curso natural da evolução da doença, como a sedação paliativa, a adequação das medidas diagnósticas e terapêuticas e os tratamentos para a dor" e garantiu que "nenhuma destas medidas é comparável com a eutanásia, cujo fim é acabar com a vida".

Além disso, assegurou que "a Igreja é consciente da dificuldade que implica o acompanhamento da pessoa que sofre e sua assistência no final da vida, mas que considera necessário humanizar e acompanhar esses momentos, tendo Jesus Cristo como modelo de acompanhante que dá sentido a toda a existência".

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