14 de novembro de 2024 Doar
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Maioria dos católicos dos EUA apoia pena de morte, mostra pesquisa

Sala de injeções letais na Prisão Estadual de San Quentin, na Califórnia, Estados Unidos. Crédito: California Department of Corrections | Wikimedia (CC BY 2.0).

Uma pesquisa do Pew Research Center divulgada em julho mostrou que a maioria dos católicos nos Estados Unidos apoia a pena de morte para os condenados por assassinato. Levantamento feito entre os dias 5 de abril e 11 de abril com 5,1 mil adultos americanos revelou que 31% dos católicos no país apoiam moderadamente a pena de morte para homicídio e 27% apoiam fortemente. O resultado não é diferente da população em gera: 32% dos adultos americanos são moderadamente a favor da pena de morte para homicídio e 27% apoiam fortemente. Entre os católicos hispânicos, o apoio é maior. O estudo revelou que 30% deles apoiam moderadamente e 31% apoiam fortemente.

60% dos católicos dizem que a pena capital é moralmente justificada "quando alguém comete um crime como o assassinato". Entre os católicos hispânicos, a cifra chega a 62%. 30% dos católicos acreditam que a pena de morte é moralmente incorreta. No caso dos católicos hispânicos, são 35%.

Nos subgrupos religiosos, protestantes evangélicos e não evangélicos brancos têm mais probabilidades de acreditar que a pena de morte é moralmente justificada em casos como o assassinato. Mais de três quartos, 77% dos protestantes evangélicos brancos e 76% dos protestantes brancos não evangélicos, têm essa crença.

Dentre os que não têm religião, 66% disseram que a pena de morte por assassinato é justificada.

Em 2018, a Santa Sé mudou o que o Catecismo da Igreja Católica diz sobre a pena de morte. O catecismo agora diz que ela é "inadmissível". O papa Francisco escreveu, em sua encíclica Fratelli tutti, de 2020, que "hoje, afirmamos com clareza que ´a pena de morte é inadmissível´ e a Igreja compromete-se decididamente a propor que seja abolida em todo o mundo".

Em outubro de 2020, a CNA, agência em inglês do Grupo ACI, conversou com o padre Thomas Petri sobre as declarações do papa Francisco sobre a pena de morte. O padre Petri é atualmente o presidente e professor assistente de Teologia Moral e Estudos Pastorais na Pontifícia Faculdade da Imaculada Conceição, na Casa de Estudos dos dominicanos. O sacerdote disse que o magistério ordinário da Igreja Católica sempre ensinou que "os estados têm direito a impor a pena de morte", e que "nenhum Papa pode, de alguma forma, sair e contradizer isso". O papa Francisco não afirmou que o uso da pena de morte era "intrinsecamente mau" e, portanto, não houve contradição com o magistério ordinário da Igreja Católica, disse o padre Petri.

Os papas São João Paulo II e Francisco "mencionam que a segurança das prisões modernas tornou inexistente a necessidade desta condenação como um meio para proteger a sociedade dos delinquentes", disse Petri.

Para Petri, como os papas têm falado com frequência sobre a pena de morte através de encíclicas e do catecismo, os católicos não podem simplesmente discordar prudentemente dos seus ensinamentos. "Provavelmente, possa estar em desacordo sobre se deveria haver ou não condenações de prisão perpétua, mas isso não. Não acho que seja possível dizer isso sobre o tema da pena de morte", concluiu.

Segundo uma pesquisa da RealClear Opinion Research, de 2020, patrocinada pela EWTN News, os católicos americanos apoiaram amplamente a pena de morte, por uma margem de 57% a 29%.

É importante salientar que, na recente pesquisa da Pew, os ateus, agnósticos e protestantes negros eram os subgrupos religiosos mais propensos a dizer que a pena de morte é moralmente incorreta.

Uma pequena maioria de ateus, 51%, acredita que a pena de morte é moralmente incorreta, em comparação com 47% dos que se identificaram como agnósticos, e 42% dos protestantes negros.

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