8 de dezembro de 2024 Doar
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Conferência episcopal da Colômbia lembra massacre de ciganos na Segunda Guerra Mundial

Civis ciganos em Asperg, Alemanha, detidos para serem deportados pelas autoridades alemãs em 22 de maio de 1940 | Bundesarchiv, R 165 Bild-244-48 (CC-BY-SA 3.0)

A Conferência Episcopal da Colômbia (CEC) lembrou o massacre de ciganos pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial. Em 2 de agosto de 1944, cerca de 4,3 mil ciganos foram mortos no campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. A CEC saudou a minoria étnica, conhecida como comunidade "rom" ou "romani". O termo é utilizado em referência aos ciganos que falam o dialeto romani, de origem indo-europeia.

"A Igreja colombiana, a partir da Conferência Episcopal da Colômbia, deseja expressar seu mais profundo sentimento de solidariedade com os povos rom em esfera mundial e, em particular, com o povo rom, o povo cigano, que vive na Colômbia há vários séculos, aproveitando esta ocasião, ao fazer memória do genocídio perpetrado pelo império nazista de Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial", disse a CEC em um comunicado.

O padre Omer Giraldo, diretor da área de etnias da CEC, comentou que a minoria étnica, originária da região asiática de Kannauj, do norte da Índia, "foi vítima" e é "incompreendida aonde quer que chegue".

"Também em nosso solo colombiano os ciganos sofreram a discriminação e a exclusão social no emprego, na educação e na saúde. Um fato muito positivo, que marcou o destino dos povos rom na Colômbia, é o reconhecimento do Estado colombiano do povo cigano como minoria étnica, a partir da nova Constituição de 1991. A guerra interna na Colômbia forçou essas comunidades a se deslocarem às cidades", disse ele.

Sobre as características dos ciganos, a nota afirma que é "um povo com tendência ao nomadismo e que leva em seu ser, além disso, uma firme convicção de liberdade, um sentido espírito".

"Seus laços familiares são, para este grupo étnico, uma enorme fortaleza cultural, junto com suas convicções, sua fé em Deus e a riqueza de suas expressões artísticas, como a música e a dança", acrescentou.

O padre Giraldo pediu aos colombianos que tomassem consciência do sofrimento desta etnia e fizessem uma oração especial por eles no dia 2 de agosto. O sacerdote disse que, na Colômbia, vivem entre 5 e 7 mil ciganos.

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