24 de novembro de 2024 Doar
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Reforma constitucional não pode liberar aborto e eutanásia em El Salvador, diz conferência episcopal

Imagem ilustrativa | Unsplash

A Conferência Episcopal de El Salvador (CEDES) rejeitou as tentativas de legalizar o aborto e a eutanásia por meio de uma reforma constitucional. Em comunicado lido por dom José Luis Escobar Alas, arcebispo de São Salvador, em 12 de setembro, a Cedes disse que, "em razão da humanidade, e como cristãos, somos absolutamente a favor da vida desde sua concepção até sua morte natural".

"Quanto à reforma constitucional, ouvem-se muitas vozes que temem um retrocesso quanto à defesa da vida humana", diz o comunicado.

Líderes pró-vida advertiram para a reforma constitucional impulsionada pelo vice-presidente de El Salvador, Félix Ulloa, que poderia abrir as portas ao aborto, à eutanásia, à agenda LGBT e ameaçaria a liberdade religiosa no país.

A Constituição de El Salvador reconhece atualmente, em seu artigo 1º, "como pessoa humana a todo ser humano desde o instante da concepção".

A reforma proposta pretende acrescentar o termo "em geral", que poderia abrir as portas à descriminalização do aborto no país.

Além disso, imporia a eutanásia ao estabelecer "o direito a uma morte digna, previamente consentida".

A reforma também eliminaria a menção à união entre "um varão e uma mulher" no artigo 33º da Constituição de El Salvador, que fala sobre as relações familiares, acrescentando no artigo anterior, o 32º, que a proteção à família será "seja qual for a sua conformação".

A conferência episcopal salvadorenha disse, neste 12 de setembro, que "não se pode aceitar uma reforma constitucional que estabeleça as condições para a legalização do aborto", e nem "a reforma constitucional que, com uma linguagem equívoca, chamando-lhe morte digna, legalize a eutanásia. O assassinato nunca será legítimo".

A Cedes também afirmou que "o fundamento da família é o matrimônio, cuja função primordial é a transmissão da vida, graças à natural complementaridade entre o homem e a mulher".

"Além disso, tem a função de educar os filhos e transmitir a cultura. A Constituição, conforme os valores e princípios de nossa sociedade, deverá defender o bem da vida e da família", diz o comunicado da Cedes.

Mais de 20 mil pessoas já assinaram em uma campanha lançada na plataforma CitizenGO, expressando sua rejeição à reforma constitucional. Para se unir a elas (em espanhol), clique AQUI.

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