7 de dezembro de 2024 Doar
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Projeto de lei do aborto é “sacrifício de crianças”, diz arcebispo Cordileone

Imagem ilustrativa | Ivon19 (Wikipedia - CC-BY-SA-4.0)

Para o arcebispo de São Francisco, EUA, dom Salvatore Cordileone, o projeto de lei que considera o aborto como um "direito legal", equivale a um "sacrifício de crianças" desejado por um "satanista devoto", e fez um apelo aos católicos para orar e jejuar para que a lei não seja aprovada pelo Congresso. "Essa legislação proposta não é outra coisa que o sacrifício de crianças", disse o arcebispo em um comunicado publicado em 21 de setembro sobre a Lei de Proteção da Saúde da Mulher (HR 3755).

O projeto de lei foi apresentado pela deputada democrata Judy Chu, da Califórnia. O texto reconhece o "direito legal" das mulheres a abortar e estabelece o "direito" dos médicos, das enfermeiras parteiras certificadas, das enfermeiras praticantes e dos assistentes médicos a realizar abortos. O projeto proíbe restrições ao aborto, como as leis estatais pró-vida que requerem ecografias ou períodos de espera antes dos abortos.

O projeto de lei anula as proibições sobre os abortos "prévios à viabilidade" e permitiria os abortos tardios sem limites "significativos", afirmou a Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB), que qualificou o projeto de lei como o "mais radical de todos os tempos".

"Qualquer pessoa razoável, com um sentido básico de moralidade e um mínimo de decência não pode deixar de se estremecer de horror diante de um mal tão atroz codificado na lei", disse Cordileone.

"Este projeto de lei extremo, com um nome enganoso, imporia o aborto a pedido em todo o país em qualquer fase da gravidez através de um estatuto federal", disse dom Joseph Naumann, presidente do comitê pró-vida da USCCB em uma carta de 15 de setembro aos membros do Congresso. O HR 3755 "obrigaria todos os americanos a apoiar abortos aqui e no exterior com o dinheiro de seus impostos", e "aos assistentes de saúde e profissionais a realizar, ajudar e/ou recomendar o aborto contra suas crenças profundamente enraizadas".

Na terça-feira, o arcebispo de São Francisco disse que o projeto de lei "mostra até que extremos radicais irão os supostos defensores ´pro-choise ` em nosso país para proteger o que eles consideram como mais sagrado: o direito de matar seres humanos inocentes no útero".

Dom Cordileone expressou seu apoio à advertência feita por dom Naumann sobre o projeto de lei e pediu aos membros do Congresso que aprovem leis que apoiem tanto as mães como as crianças. Ele considerou "especialmente vergonhoso que qualquer pessoa que se considere católica esteja envolvida com essa maldade, e ainda mais, que a defenda".

A presidente da Câmara, Nancy Pelosi (democrata da Califórnia), é católica e mora na arquidiocese de São Francisco. Ela anunciou que o projeto de lei será votado na Câmara logo após a entrada em vigor da lei pró-vida no Texas que restringe a maioria dos abortos com a constatação do batimento cardíaco do bebê. A congressista democrata se comprometeu a "consagrar como lei a assistência de saúde reprodutiva para todas as mulheres em todo os Estados Unidos".

O arcebispo de São Francisco recordou também as declarações do papa Francisco no voo que o trouxe da Eslováquia a Roma, onde qualificou o aborto como "assassinato".

"Esse princípio é muito claro. E para aqueles que não conseguem entender, eu faria duas perguntas: é correto matar uma vida humana para resolver um problema? Cientificamente, é uma vida humana. A segunda pergunta: é correto contratar um assassino para resolver um problema?", disse o papa Francisco, em 15 de setembro.

O arcebispo de São Francisco afirmou que o projeto de Lei de Proteção da Saúde da Mulher "é, sem dúvida, o tipo de legislação que se esperaria de um satanista devoto, não de um católico devoto".

O arcebispo Cordileone concluiu com um chamado a "todos os católicos de nosso país a orar e jejuar imediatamente para que os membros do Congresso façam o correto e evitem que esta atrocidade seja promulgada na lei".

"Uma criança não é um objeto para jogar fora, e nem o coração de uma mãe", disse ele. "Já disse isso antes e o direi de novo: a resposta a uma mulher em uma gravidez em crise não é a violência, mas sim o amor. Esta é a América. Podemos fazer as coisas de um jeito melhor", disse ele.

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