21 de novembro de 2024 Doar
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Risco de prisão não preocupa pró-vidas que rezam diante de clínicas de aborto na Espanha

O Congresso dos Deputados da Espanha aprovou, no dia 22 de setembro, o projeto de lei apresentado em maio pelo Partido Socialista Obreiro Espanhol (PSOE) que pune com prisão os pró-vida que abordem as imediações das clínicas de aborto para rezar.

Nayeli Rodríguez, responsável por 40 dias pela vida na Espanha disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que a medida "se baseia num relatório elaborado pela ACAI (Associação de Clínicas Acreditadas para a Interrupção da Gravidez), que é a primeira interessada em que o negócio do aborto prospere". Ela disse que "o aborto é pago com os nossos impostos em centros privados. Portanto, não é de forma alguma imparcial. Está baseada numa mentira".

Segundo Nayeli Rodríguez, a proposta de lei "pretende restringir as liberdades dos cidadãos a partir de um delito inventado, pois já existe em nossa legislação um delito de assédio. Mas como não lhes serve, eles necessitam de um para os seus próprios interesses".

"Hoje somos os pró-vida. Amanhã serão os médicos e a objeção de consciência. Depois de amanhã, quem será? Nós, que despertamos consciências, sempre somos incômodos para os poderosos. Quando a doutrinação não funciona, o passo seguinte é a proibição e a utilização da lei contra aqueles que devem ser protegidos", disse Rodríguez.

A ministra espanhola da Igualdade, Irene Montero, afirmou em 23 de setembro que "a objeção de consciência não pode ser um obstáculo para que as mulheres exerçam seu direito de interromper uma gravidez. Temos de reformar a lei para que ela seja regulada e garantir que, neste país, o aborto seja garantido na saúde pública".

Se o projeto de lei for aprovado, os pró-vida que se aproximem às imediações das clínicas de aborto poderão ser condenados de 3 meses a 1 ano de prisão, ou a trabalhos comunitários num período de 31 a 80 dias.

Nayeli Rodríguez afirmou que "a prisão não nos preocupa em absoluto. Se Deus quiser que sejamos presos, iremos para a prisão. Estamos convencidos: nós seguimos Cristo, não aos homens. Ele deu muito mais por nós. O que menos podemos dar-lhe para lhe corresponder? Defendemos os mais pequeninos, os mais fracos e inocentes da sociedade e por eles qualquer esforço é pouco. Se não os defendemos, quem o fará?"

Segundo Rodríguez, a repercussão que o projeto de lei está tendo nos meios de comunicação tem ajudado a campanha a ter mais visibilidade.  "A participação está aumentando. Várias pessoas já nos escreveram para levar 40 Dias pela Vida para a sua cidade".

Nayeli diz que a missão de 40 Dias pela Vida é "rezar pelas vítimas do aborto: as mães e pais, os bebês, os trabalhadores das clínicas de aborto, os vizinhos, a própria sociedade... e enquanto houver aborto continuaremos rezando pelas suas vítimas".

"Estamos aqui para dar voz àqueles que não a têm. Sabemos que, se tentarem nos silenciar, ficaremos mais fortes", afirmou ela.

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