5 de dezembro de 2024 Doar
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Papa mantém o cardeal Rainer Woelki como arcebispo de Colônia

Cardeal Rainer Woelki | Jochen Rolfes / Arquidiocese de Colônia, Alemanha

A Santa Sé confirmou o cardeal Rainer Maria Woelki no cargo de arcebispo de Colônia, Alemanha. O anúncio foi feito hoje, 24 de setembro pelo núncio apostólico da Alemanha, dom Nikola Eterovic. A "pedido dele próprio", o cardeal Woelki fará um período "sabático espiritual" de vários meses antes de voltar ao ministério ativo.

A Santa Sé também não aceitou as renúncias dos dois bispos auxiliares de Colônia, dom Ansgar Puff e dom Dominik Schwaderlapp. Puff voltará diretamente ao serviço da arquidiocese. Schwaderlapp teve seu pedido de "trabalhar durante um ano como pároco na arquidiocese de Mombasa, no Quênia" aceito pelo papa Francisco.

Woelki foi alvo de uma visita apostólica por causa de denúncias sobre o modo como lidou com acusações de abusos sexuais por parte do clero de sua diocese.

Segundo a Santa Sé, a visita apostólica não encontrou provas de que o cardeal Woelki "tenha agido de forma ilegal ao tratar os casos de abusos sexuais" e reconheceu que Woelki teve uma reavaliação exemplar, mas que houve "erros importantes de comunicação".

"As acusações de que o Cardeal queria encobrir, especialmente ao ocultar inicialmente um estudo inicial, são rejeitadas pelos fatos que foram publicados desde então e pelos documentos examinados pela Santa Sé", informou a nota oficial.

Em seu comunicado oficial sobre o caso, a Santa Sé diz que "a determinação do arcebispo de assumir os crimes de abuso na Igreja, de aproximar-se dos afetados e de promover a prevenção se mostra também na aplicação das recomendações do segundo estudo, que já começou".

Para a Santa Sé, no entanto, o cardeal Woelki cometeu "erros importantes em sua abordagem da questão de chegar a um acordo em seu conjunto, especialmente a nível da comunicação", e isso contribuiu para uma "crise de confiança" na arquidiocese de Colônia.

Por isso, o papa permitiu ao cardeal, "por pedido dele próprio, um ano sabático espiritual" que começará "em meados de outubro" e terminará "no início da estação penitencial de Páscoa do próximo ano".

Até o retorno do cardeal Woelki, o bispo auxiliar de Colônia, dom Rolf Steinhäuser, guiará a arquidiocese como administrador apostólico de sede plena para garantir uma "administração adequada", "além de velar para que a Arquidiocese encontre o caminho para um processo espiritual de reconciliação e renovação".

Visita à arquidiocese de Colônia

O papa Francisco tomou a decisão após uma visita apostólica à arquidiocese de Colônia, que concluiu em junho.

Um relatório prévio sobre os abusos apresentado em março tinha exonerado o cardeal Woelki e liberado temporariamente os bispos auxiliares, dom Ansgar Puff e dom Dominik Schwaderlapp.

Durante a visita apostólica, o cardeal Anders Arborelius, de Estocolmo, e dom Johannes van den Hende, bispo de Rotterdam, investigaram os "possíveis erros" cometidos na gestão do cardeal Rainer Maria Woelki, de dom Stefan Heße, arcebispo de Hamburgo, e dos bispos auxiliares de Colônia, dom Dominikus Schwaderlapp e dom Ansgar Puff nos casos de abusos sexuais.

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