21 de novembro de 2024 Doar
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Três guardas suíços do Vaticano pedem baixa por causa de vacina obrigatória de covid-19

Guardas suíços no Vaticano | Daniel Ibáñez, ACI

Três guardas suíços se demitiram por causa da obrigatoriedade de se vacinar contra covid-19 imposta no Vaticano. Três outros guardas estão suspensos até que cumpram a ordem de se vacinar. A Guarda Suíça, encarregada da proteção do papa, exigiu que todos os 135 guardas fossem vacinados.

A exigência vai além da obrigatoriedade de mostrar certificado provando que a pessoa tomou a vacina, ou teve covid-19 e está imunizada, ou tem um teste negativo de coronavírus de menos de 48 horas.

A Congregação para a Doutrina da Fé (CDF), órgão da Santa Sé responsavel pela doutrina, declarou em dezembro de 2020 que, embora todas as vacinas tenham sido produzidas ou testadas usando células derivadas de bebês abortados nos anos 1970, elas são moralmente aceitáveis, porque o aborto está distante no tempo e não foi feito para a produção das células especificamente. Mesmo assim, disse a CDF, a vacinação não é um imperativo moral e, portanto, não deve ser obrigatória.   

O tenente Urs Breitenmoser, porta-voz da Guarda Suíça, disse ao jornal suíço Tribune de Genève que os guardas saíram voluntariamente. Ele defendeu a exigência da vacina como "uma medida alinhada com as que foram adotadas em outros corporações militares do mundo".

Desde 1º de outubro, todos os visitantes e trabalhadores que queiram entrar na Cidade do Vaticano e seus territórios têm que mostrar o certificado de vacina.

O cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado da Santa Sé, emitiu decreto em 28 de setembro segundo o qual empregados e servidores que não seguirem a regulamentação não terão permissão para entrar em seus lugares de tabalho e devem ser considerados "ausentes sem justificativa". Os dias ausentes sem justificativa não serão pagos.

O cardeal Giuseppe Bertello, que deixou neste mês o cargo de presidente do Conselho do Estado da Cidade do Vaticano, disse que a regulamentação foi implementada por ordem do papa Francisco, que pediu às autoridades "para tomar tods as medidas apropriadas para prevenir, controlar e combater a emergência de saúde pública corrente no Estado da Cidade do Vaticano".

Segundo as novas regras, católicos que vão à missa ou confissão na basílica de São Pedro ou outras igrejas do território do Vaticano não precisam apresentar passe de covid-19.

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