22 de dezembro de 2024 Doar
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Proteger crianças e adultos vulneráveis tem que ser prioridade na Igreja, diz cardeal

Cardeal Sean O'Malley | Daniel Ibáñez (ACI Prensa) 2019

O presidente da Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores e arcebispo de Boston, EUA, cardeal Seán Patrick O'Malley OFM Cap, pediu desculpas aos que sofreram abusos na França nas últimas décadas.

Ao comentar a publicação do relatório da comissão independente sobre os abusos sexuais na Igreja Católica na França (CIASE) sobre abusos sexuais contra menores a partir de 1950, o cardeal afirma que o relatório é "um novo chamado de atenção à Igreja de todo o mundo para que a salvaguarda e a proteção das crianças e dos adultos vulneráveis seja a nossa máxima prioridade".

"Em nome da Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores, expresso nossa profunda tristeza e humildemente peço perdão a todos aqueles que foram prejudicados por esses crimes e condenáveis violações da dignidade humana", afirmou.

O'Malley destacou que os integrantes da Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores estão "comprometidos com a defesa enérgica dos direitos dos sobreviventes e com a educação para a prevenção de abusos, a transparência, a responsabilidade e a tolerância zero" e acrescentou que "temos um longo caminho a percorrer para lidar com os abusos em nossa Igreja e na sociedade em geral. Não vamos nos cansar de percorrê-lo".

Sobre o relatório francês, o cardeal O'Malley disse que mostra "as falhas da direção da Igreja e dos responsáveis ​​pelo cuidado e proteção dos fiéis" e afirmou que "esta história de abusos sem controle que se prolonga ao longo das gerações desafia a nossa compreensão de como pessoas inocentes puderam sofrer tão terrivelmente e como suas vozes foram ignoradas durante tanto tempo".

"É inquestionável que os líderes da Igreja, trabalhando em colaboração com as autoridades civis e as forças de ordem, não devem falhar em seu compromisso de buscar a cura e a justiça para os sobreviventes", disse.

O cardeal destacou que "as medidas gerais delineadas pelos líderes da Igreja na França no início deste ano, que fornecem uma expressão concreta de como a 'indiferença cruel' que os sobreviventes experimentaram na Igreja pode se transformar em atenção e proteção, devem ser acolhidas com satisfação e incorporadas a todos os níveis de autoridade".

"A Igreja na França deu os primeiros passos necessários para enfrentar o flagelo do abuso sexual ao encomendar este relatório", disse o cardeal O'Malley.

O cardeal disse que o  papa Francisco insiste em que "não há absolutamente nenhum lugar no ministério para aqueles que abusam de menores ou adultos vulneráveis", por isso acrescentou "não podemos permitir que um sobrevivente não seja reconhecido ou que uma pessoa corra o risco de ser abusada por um membro da Igreja".

"Nossos pensamentos e orações estão com os sobreviventes dos abusos sexuais" disse o cardeal e lamentou profundamente "tudo o que os sobreviventes suportaram por causa das ações destrutivas de alguns membros da Igreja".

Este relatório é "um novo chamado de atenção à Igreja de todo o mundo para que a salvaguarda e a proteção das crianças e dos adultos vulneráveis seja a nossa máxima prioridade".

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