22 de dezembro de 2024 Doar
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Seminário na Nigéria é atacado e três estudantes são sequestrados

Entrada do Seminário Maior de Cristo Rei na Diocese Kafanchan da Nigéria, onde três seminaristas foram sequestrados. Crédito: Foto de cortesia

Três seminaristas que cursavam teologia foram sequestrados na segunda-feira, 11 de outubro, durante ataque ao seminário maior da diocese de Kafanchan na Nigéria.

Segundo o padre Emmanuel Uche Okolo, chanceler da diocese, o ataque ocorreu "por volta das 19h26, na Capela do Seminário". "Anunciamos com inquietação o sequestro de três seminaristas do Seminário Cristo Rei, nosso Seminário Maior diocesano, domiciliado dentro do Instituto Saint Albert", diz declaração oficial do padre Okolo.

Os três seminaristas sequestrados pertencem às congregações dos Apóstolos da Divina Caridade e aos Pequenos Filhos das Congregações Eucarísticas, acrescentou o chanceler da diocese de Kafanchan.

No momento do ataque, padre Okolo conta ainda que "10 formadores, incluindo os reitores do seminário e do instituto, 132 seminaristas, 6 estudantes externos, uma funcionária não acadêmica e um segurança estavam no local".

Após o ataque, seis seminaristas "sofreram vários graus de ferimentos", acrescentou o padre nigeriano.

"Um despacho de soldados da Operação Porto Seguro (OPSH na sigla em inglês) estava em terra para acompanhar alguns formadores e os seminaristas feridos ao Hospital Salem em Kafanchan", disse o chanceler. Os feridos foram tratados e tiveram alta.

Na declaração de 12 de outubro, padre Okolo pede orações para a pronta e segura liberação dos três seminaristas. Ele pediu calma em meio à incerteza sobre a vida dos seminaristas que foram sequestrados.

"Todas as pessoas de boa intenção do nosso Instituto e Seminário sejam por meio desta carta desencorajados a fazer justiça com as próprias mãos", diz o chanceler. Segundo ele, a diocese "usaria todos os meios legítimos para garantir sua libertação imediata e segura".

A Nigéria vem lutando contra a violência urbana desde 2009, quando o grupo radical muçulmano Boko Haram começou a atacar comunidades e prédios católicos com o objetivo de transformar a nação mais populosa da África em um Estado islâmico.

A situação de insegurança foi intensificada pelo envolvimento dos pastores Fulani, etnia predominantemente muçulmana que habita a Nigéria e países vizinhos, também chamados de, que têm tido confrontos frequentes com os agricultores cristãos por causa das terras de pastagem.

Em janeiro de 2020, homens armados atacaram o seminário do Bom Pastor da arquidiocese de Kaduna e raptaram quatro seminaristas.

Um dos seminaristas sequestrados nesta ocasião, Michael Nnadi, foi morto pelos sequestradores, porque, segundo seus sequestrados, ele não parava de anunciar a fé cristã no cativeiro.

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