24 de novembro de 2024 Doar
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Feridas da Igreja não devem frear a esperança, diz o patriarca latino de Jerusalém

Dom Pierbattista Pizzaballa | Magdala.

Ao presidir a missa neste dia 16 de outubro no Santuário de Magdala, na Galileia, o patriarca latino de Jerusalém, dom Pierbattista Pizzaballa, exortou os católicos "a que as nossas feridas, as feridas da Igreja, não freiem a nossa esperança".

Depois de relembrar como os apóstolos se trancaram no cenáculo com medo após a morte de Jesus, assim como a incredulidade de Tomé com a notícia da Ressurreição de Jesus, dom Pizzaballa destacou que na vida do cristão "precisamos de alguém que nos anuncie que Cristo ressuscitou e que o viram, como fizeram os apóstolos com Tomé".

"Alguém que nos diga que fez a experiência e que nossas feridas, por mais profundas que sejam, não nos levam à morte, mas que pode nos fazer descobrir que podem ser o início de uma vida nova se estivermos dispostos a compartilhá-las, se concebemos levantar nosso olhar para Jesus".

O patriarca latino de Jerusalém celebrou a santa missa no marco da terceira peregrinação virtual gratuita "Percorrendo a Terra Santa de mãos dadas com Maria Madalena", que começou em 28 de setembro e terminará em 4 de novembro deste ano.

A peregrinação, dirigida pelo padre Juan Solana, fundador e diretor do Projeto Magdala com 16 anos de ministério na Terra Santa, este ano tem um componente de cura interior, com a participação da mexicana Gaby Jácoba, fundadora do instituto "Curando meu Coração".

Em sua homilia, dom Pizzaballa destacou que "é o Senhor que vem para cada um de nós, para que o Tomé de cada tempo veja que esta esperança é acessível a todos e que todos devemos passar por aí, para tocar com as nossas vidas essas chagas benditas".

"Isso e somente isso nos faz passar de incrédulos a ser crentes. Quando isso acontece, o Senhor passa a ser 'Meu Senhor': 'Meu Senhor e meu Deus'".

Dom Pizzaballa destacou que "nos Evangelhos não faltam aqueles que reconhecem que Jesus é o Filho de Deus e há várias profissões de fé. No entanto, só Tomé, depois de ter visto as feridas gloriosas, pode dizer que este Senhor é o seu Senhor e que este Deus é o seu Deus".

"Agora ele fez a experiência, ele encontrou o relacionamento com Ele", destacou.

"Jesus diz que este ato de tocar já não passa mais através do ver, mas da fé. É através dessa experiência de se sentir acolhido dentro de suas chagas, e isso é possível para todos", disse o patriarca.

"Isso não acontece de uma vez por todas na vida, porque a amizade precisa ser nutrida. Esta experiência na Igreja tem o ritmo do Oitavo Dia, onde no domingo o Senhor volta a aparecer e nos acolhe em suas chagas de amor", disse.

O patriarca latino de Jerusalém destacou que "a celebração eucarística é o lugar deste contato íntimo e fiel, onde a relação se torna confiança e ternura, onde cada cristão junto com seus irmãos e irmãs pode dizer as mesmas palavras de Tomé: 'Meu Senhor e meu Deus'.

Para participar do retiro virtual gratuito "Percorrendo a Terra Santa de mãos dadas com Maria Madalena" você pode entrar AQUI.

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