23 de novembro de 2024 Doar
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Papa autoriza criação de Conferência Eclesial da Amazônia

Papa Francisco visita a Puerto Maldonado, na Amazônia peruana, em 2018 | Vatican Media

O papa Francisco erigiu canonicamente a Conferência Eclesial da Amazônia como pessoa jurídica eclesiástica pública.

Segundo comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, o papa formalizou a criação da conferência eclesial no dia 9 de outubro, durante a audiência concedida ao prefeito da congregação para os bispos, cardeal Marc Ouellet.

A finalidade da nova estrutura será "promover a ação pastoral comum das circunscrições eclesiásticas da Amazônia e de incentivar uma maior inculturação da fé no referido território".

Os estatutos da nova conferência episcopal ainda não foram aprovados e devem ser apresentados ao papa para estudo e posterior aprovação.

A criação da Conferência Eclesial da Amazônia foi pedida à Santa Sé durante uma assembleia de bispos da Amazônia interessados ​​no projeto, realizada de 26 a 29 de junho de 2020. A ideia foi proposta no Documento Final do Sínodo sobre a Amazônia, realizado no Vaticano em outubro de 2019.

No ponto 115, os padres sinodais propuseram "criar um organismo episcopal que promova a sinodalidade entre as Igrejas da região, que ajude a delinear o rosto amazônico desta Igreja e que continue a tarefa de encontrar novos caminhos para a missão evangelizadora, incorporando especialmente a proposta da ecologia integral, fortalecendo assim a fisionomia da Igreja Amazônica".

"Trata-se de um organismo episcopal permanente e representativo que promova a sinodalidade na região amazônica, articulado com o Celam (Conselho Eclesial Latino-americano), com estrutura própria, em uma organização simples e também articulada com a Repam (Rede Eclesial Pan-amazônica). Deste modo, pode ser o canal eficaz para assumir, a partir do território da Igreja latino-americana e caribenha, muitas das propostas que surgiram neste Sínodo. Seria o nexo que articula redes e iniciativas eclesiais e socioambientais em nível continental e internacional".

Depois da proposta feita em 29 de junho de 2020, o papa concordou em estudar a iniciativa e instruiu a Congregação para os Bispos "a seguir e acompanhar de perto o processo, emprestando toda ajuda para dar ao órgão uma fisionomia adequada".

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