21 de novembro de 2024 Doar
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Ao entrar no seminário, sabíamos que poderíamos morrer, dizem seminaristas da Nigéria

Seminaristas de Cristo Rei após serem libertados de seu sequestro por jihadistas | ACN

Os sequestros de padres e seminaristas na Nigéria têm sido frequentes. No dia 11 de outubro, quando radicais muçulmanos armados entraram no seminário de Cristo Rei, na diocese de Kafanchan, Nigéria, e sequestraram três seminaristas.

Os seminaristas estavam na capela rezando quando os jihadistas chegaram disparando para o ar várias vezes. Os jovens ficaram presos por 48 horas e foram soltos.

Padre Emmanuela Faweh, formador do seminário Cristo Rei de Kafanchan, explicou à fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre que "os jovens sequestrados permaneceram fortes, sem medo. Eles rezavam sem abrir a boca, liam os lábios dos outros e rezavam o terço juntos. Quando os sequestradores viram que não estavam amedrontados, ligaram para o seminário para pedir dinheiro para sua libertação".

Embora tenha havido negociação, a Igreja não pagou o resgate. "O silêncio com que os seminaristas testemunharam a sua fé mandou aos sequestradores um recado de que não iriam se render. E eles finalmente decidiram libertá-los. Tudo o que podemos dizer é que Deus não se esquece de seu povo", disse o padre Faweh."

Às 19h30 da quarta-feira, 13 de outubro, os sequestradores informaram aos responsáveis ​​do seminário onde haviam libertado os três jovens.

O formador lembra que quando receberam a ligação, "ficamos tão felizes que todos os responsáveis ​​pelo seminário saíram correndo em dois carros, sem pensar que algo poderia nos acontecer. Quando os encontramos, eles começaram a chorar. Eles estavam no meio da floresta e estavam com medo, e eu também. Graças a Deus tínhamos um policial armado, caso acontecesse alguma coisa, para nos defender".

Quando os três seminaristas voltaram ao seminário Cristo Rei, foram recebidos com orações, cantos e abraços de seus companheiros, que emocionados, haviam permanecido em oração por sua libertação.

"Esses três seminaristas, quando voltaram depois de serem libertados, nos contaram que, quando entraram no seminário e pegaram a batina, já sabiam que poderiam morrer mártires. Por isso, estavam preparados para dar a sua vida pelo Evangelho e para difundir a fé".

Além disso, esse sequestro, longe de intimidar os demais seminaristas de Cristo Rei, fortaleceu sua fé para continuar sua formação ali, já que alguns seminários na Nigéria tiveram que ser fechados por causa da segurança dos jovens, que continuam com a formação religiosa estando em suas casas.

Os outros seminaristas de Cristo Rei disseram que "se estes jovens que foram sequestrados têm uma fé tão forte, também nós podemos ficar no seminário e continuar a nossa formação", contou o padre Faweh.

Infelizmente, os ataques a cristãos na Nigéria por parte de grupos relacionados com o jihadismo, como o Boko Haram, são frequentes e pretendem infundir medo entre os cristãos para que deixem de viver livremente a fé. A finalidade última é criar um califado na Nigéria, onde não existam fiéis de religião que não seja islâmica.

Padre Faweh pediu colaboração para aumentar a segurança no seminário de Cristo Rei e evitar novos sequestros como este.

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