21 de novembro de 2024 Doar
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Papa adverte contra os "desejos da carne" que afastam do caminho de Cristo

Papa Francisco prega durante a audiência geral | Daniel Ibáñez (ACI Prensa)

O papa Francisco advertiu contra os "desejos da carne" que afastam do caminho de Cristo, durante a audiência geral realizada na aula Paulo VI do Vaticano, onde continuou a sua catequese sobre a Epístola de São Paulo aos Gálatas hoje, 3 de novembro.

"São Paulo exorta os cristãos a caminhar segundo o Espírito Santo", disse Francisco. "Com efeito, crer em Jesus significa segui-lo, ir atrás d'Ele no seu caminho, como fizeram os primeiros discípulos. E significa, ao mesmo tempo, evitar o caminho oposto, o do egoísmo, de procurar o próprio interesse, ao qual o Apóstolo chama desejo da carne".

Segundo o papa, "o Espírito é o guia neste caminho pela vereda de Cristo, um caminho maravilhoso, mas também cansativo, que começa no batismo e dura a vida inteira. Pensemos numa longa excursão nas montanhas: é fascinante, a meta atrai-nos, mas requer muito esforço e tenacidade".

Deste modo, "percorrendo este caminho, o cristão adquire uma visão positiva da vida". "Acreditar que Deus é sempre mais forte do que a nossa resistência e maior do que os nossos pecados".

Este caminhar segundo o Espírito "não é apenas uma ação individual: diz respeito igualmente à comunidade como um todo. Com efeito, construir a comunidade seguindo o caminho indicado pelo apóstolo é entusiasmante, mas desafiante".

O papa advertiu que "os 'desejos da carne', as 'tentações', por assim dizer, que todos nós temos, ou seja, inveja, preconceito, hipocrisia, ressentimentos, continuam a fazer-se sentir, e o recurso a um preceito rígido pode ser uma tentação fácil, mas ao fazê-lo desviar-nos-íamos do caminho da liberdade e, em vez de subir ao cume, voltaríamos para baixo".

Francisco destacou que "seguir o caminho do Espírito requer, antes de mais, dar lugar à graça e à caridade".

É "uma atitude muito diferente da tagarelice; não, isto não é segundo o Espírito!".

Nesse sentido, ele encorajou a se perguntar "o que nos motiva a corrigir um irmão ou uma irmã, e se não somos, de alguma forma, corresponsáveis pelo seu erro".

"A regra suprema da correção fraterna é o amor: querer o bem dos nossos irmãos e irmãs. Trata-se de tolerar os problemas dos outros, os defeitos dos outros em silêncio na oração, e depois encontrar o modo correta de os ajudar a corrigir-se. E isto não é fácil! A maneira mais fácil é a tagarelice. Esfolar a outra pessoa como se eu fosse perfeito. E isto não deve ser feito. Mansidão. Paciência. Oração. Proximidade!", concluiu o papa Francisco sua catequese.

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