LONDRES, Nov 16, 2021 / 13:00 pm
A plataforma internacional CitizenGO levou a Londres as mais de 215 mil assinaturas em rejeição ao filme blasfemo "Benedetta", que mostra a relação lésbica de duas freiras e profana uma imagem de Nossa Senhora.
CitizenGO levou as assinaturas para o Royal Festival em Londres, onde o filme foi exibido. Os membros da plataforma alertaram "que é um filme altamente blasfemo, que ofende os cristãos de forma gratuita".
"Trata-se de pornografia simples com conteúdo de ódio anticristão", lamentou.
A plataforma disse que levaram as assinaturas para que "o mundo do cinema saiba que existe um movimento social ferido por este ataque gratuito à nossa fé", visto que "pretendem estrear o filme em cinemas de todo o mundo nas próximas semanas".
A CitizenGO também promoveu a exibição de alguns cartazes nos veículos de Londres advertindo sobre o filme. Uma das mensagens afirma que "Zombar dos cristãos não é arte!"
AVISO: A descrição pode ferir a sensibilidade do leitor
"Benedetta", filme francês dirigido por Paul Verhoeven, de 83 anos, e produzido pela Pathé Films AG com sede em Zurique, Suíça, foi lançado em julho deste ano no Festival de Cannes e também foi exibido no Festival de San Sebastian.
O roteiro foi escrito por David Birke e Verhoeven, e é uma adaptação do romance "Atos imodestos" de Judith C. Brown.
O filme conta a história de Benedetta' Carlini, uma mulher que desde criança alegava ter "visões espirituais", teria recebido os estigmas de Cristo e "entrou para um convento em Pescia, Toscana, no século XVII".
CitizenGO explica que "o diretor recria explicitamente" cenas que mostram Benedetta realizando um "jogo erótico-lésbico com uma colega de cela, Bartolomea".
No final de setembro, o jornal espanhol El Mundo publicou uma matéria afirmando que o diretor do filme "Paul Verhoeven conserva o mesmo olhar indecente e asqueroso que exibe há meio século, quando se tornou conhecido como cineasta com 'Delícias turcas' (1973) ".
"Cenas como a cruzada de pernas de Sharon Stone em 'Instinto Selvagem' (1992), o pole dancing em 'Showgirls' (1997) ou a pistola mirando na virilha de 'Robocop' (1987) já fazem parte da iconografia popular. Mas a idade não apaziguou o interesse perturbador do diretor holandês", acrescenta o jornal.
"A história de Benedetta serve a Verhoeven para voltar à sua obsessão com o corpo e seus processos de florescimento e degradação", diz o texto.
No filme blasfemo, "a atriz belga Virginie Efira interpreta Benedetta e o faz colocando toda a sua anatomia, desde o aparecimento de estigmas até cenas obscenas com sua amante. Verhoeven introduz um elemento ainda mais obscuro nessa relação: uma estatueta de madeira da Virgem que as freiras lésbicas esculpem em forma de um falo, para ser usada como consolo em seus jogos sexuais".
CitizenGO também conta que o Huffington Post publicou este comentário sobre o filme "foi um dos piores filmes da minha vida .... Eu pensei que era um filme feito por homens para homens. Uma espécie de filme pornográfico hiper-perturbador (...) Não esperava cenas tão violentas. É muito cru".
A petição do CitizenGO diz que os realizadores "não só se regozijam da homossexualidade das pessoas consagradas, mas também as mostram obtendo prazer sexual com uma imagem da Virgem".
"Isso não foi uma ofensa apenas para mim, mas também para a comunidade de 2 bilhões de cristãos no mundo. Tenho certeza de que eles nunca teriam ousado fazer tal barbárie contra o Islã ou Maomé".
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