22 de dezembro de 2024 Doar
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Querem nos calar por dizer a verdade no México, denuncia bispo

Dom Ramón Castro Castro na missa de 21 de novembro, Solenidade de Cristo Rei. Crédito: Captura de vídeo | Diocese de Cuernavaca.

"Hoje querem nos calar" por defender "a Verdade do Reino de Deus", disse o bispo de Cuernavaca e secretário-geral da Conferência do Episcopado Mexicano (CEM), dom Ramón Castro Castro. "Sejamos verdade, coerentes e vivamos na liberdade do Evangelho", escreveu ele em sua conta no Twitter.

Por ocasião da solenidade de Cristo Rei, celebrada no domingo, 21 de novembro, dom Castro Castro encorajou a estar "muito atentos, porque devemos defender a Verdade do Reino de Deus".

A mensagem do secretário-geral da CEM, eleito para o cargo no início de novembro, foi o prolongamento de sua homilia do dia. Na missa, o bispo mexicano lamentou que a justiça mexicana "tenha condenado meus irmãos, bispos e padres, porque se pronunciaram em temas de caráter social, indo com esta sentença contra a liberdade de expressão que o México assinou em tratados internacionais".

A Câmara Especializada do Tribunal Eleitoral do Poder Judiciário da Federação (TEPJF) condenou em 18 de novembro o arcebispo da Cidade do México, cardeal Carlos Aguiar Retes, o arcebispo emérito de Guadalajara, cardeal Juan Sandoval Íñiguez, o bispo de Cancún-Chetumal, dom Pedro Pablo Elizondo Cárdenas, e os padres Mario Ángel Flores Ramos, ex-reitor da Pontifícia Universidade do México (UPM), e Ángel Espinosa de los Monteros  por terem incentivado os católicos a não votar pelos promotores do aborto e da ideologia de gênero nas eleições de 6 de junho deste ano no México. A pena pode ir de uma simples repreensão a uma multa de 3 milhões de pesos (cerca de US$ 150 mil).

Dom Castro Castro criticou os magistrados que nem se deram ao trabalho "de analisar a conduta individual de cada um deles".

"Estejamos atentos, defendamos a verdade e peçamos a Deus que nos ajude a ser sempre um país livre que caminha na Verdade", disse.

Dom Castro Castro destacou na homilia de 21 de novembro que "nós pastores, pela natureza do ministério, temos que ser a Verdade e defender a Verdade", que é o próprio Cristo.

O bispo de Cuernavaca destacou que "quando falamos, vivemos e defendemos a Verdade não é política, é inerente à natureza da missão que Deus nos deu como batizados e como pastores: construir e defender essa Verdade".

O bispo mexicano disse que o México vive "algo sério", porque "está tentando restringir a liberdade religiosa, a liberdade de consciência e até a expressão dos católicos".

Dom Castro Castro falou depois sobre uma série de reformas na Constituição do México que poderiam ser aprovadas esta semana e que, segundo organizações importantes em defesa da vida e da família, ocultam o aborto, a ideologia de gênero e as restrições à liberdade de expressão.

O secretário-geral da CEM advertiu que com estas reformas "querem evitar que falemos de questões de defesa da vida", bem como "da família, do casamento, da própria liberdade religiosa".

"Temos que estar prontos, conscientes, porque devemos defender essa Verdade do Reino", disse ele.

O bispo destacou que a Verdade não é algo que devemos "procurar até encontrar e possuir", porque "Cristo é a Verdade".

"Portanto, o discípulo deve lutar para ser a Verdade", afirmou, destacando que a Verdade também encarrega os católicos da tarefa de "construir o Reino de Deus".

"Porque um mundo construído conforme o Reino de Deus é a maior Verdade que o homem pode ser e viver", afirmou.

Uma campanha lançada por meio da plataforma Actívate reuniu mais de cinco mil assinaturas em repúdio às reformas constitucionais antivida e antifamília na Câmara dos Deputados. Para participar, ingresse AQUI.

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