24 de novembro de 2024 Doar
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Papa reconhece martírio de cinco padres fuzilados pelo regime socialista

Henry Planchat e o papa Francisco | Vatican Media

O martírio de quatro padres franceses mortos por ódio à fé pela Comuna de Paris em 1871 foi reconhecido ontem, 25 de novembro, pelo papa Francisco.

Os novos mártires são o padre religioso de são Vicente de Paulo, Henry Planchat e os padres da Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria: Ladislao Radigue, Policarpo Tuffier, Marcellino Rouchouze e Frézal Tardieu.

Segundo nota biográfica divulgada pela Congregação para as Causas dos Santos, "após a derrota da França na guerra franco-prussiana, em 4 de setembro de 1870, um grupo de deputados republicanos declarou o fim do império de Napoleão III e proclamou a restauração da República".

Um grupo de opositores ao novo poder republicano instalado em Versalhes, estabeleceu a Comuna de Paris. Constituída segundo os ideais dos socialistas libertários, vigorou de 18 de março a 28 de maio de 1871, quando o exército francês tomou a capital.

O cerco sobre Paris foi longo e sangrento. Durante uma semana, houve milhares de mortes e destruição urbana. Entre os mortos, além de membros da comuna e militares, havia muitos civis inocentes, incluindo um grande número de padres vítimas do ódio anticlerical.

O novo beato Henry Planchat nasceu em Bourbon-Vendée em 8 de novembro de 1823. Concluiu os estudos teológicos em Paris, onde conheceu o servo de Deus Jean-Léon Le Prevost, fundador dos Irmãos de São Vicente de Paulo.

Recebeu a ordem sacerdotal em 21 de dezembro de 1850 e ingressou na Congregação Vicentina. Ele foi enviado para a Itália para completar seus estudos e depois voltou para a França. Depois de ter desempenhado o seu ministério pastoral em várias cidades francesas, em 1863 mudou-se para Paris, onde continuou a assistência espiritual popular.

Nessa etapa, ele se dedicou a cuidar dos doentes, dos soldados feridos no campo de batalha, das famílias e da catequese para crianças. Ele foi preso em 6 de abril de 1871 e fuzilado no dia 26 de maio do mesmo ano.

O beato Lasislao Radigue nasceu em 8 de maio de 1823, em Sanit Patrice-du Désert. Entrou na Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria e da Adoração Perpétua do Santíssimo Sacramento em 1843.

Foi ordenado sacerdote em 22 de abril de 1848. Foi primeiro professor de noviços de 1863 a 1869 e, nesse ano, substituiu o superior geral da congregação e se tornou superior da casa mãe.

Durante os eventos da Comuna de Paris, ele foi preso em 12 de abril de 1871 e fuzilado em 26 de maio.

O beato Policarpo Tuffier nasceu em 14 de março de 1807, em Malzieu. Ingressou na Congregação dos Sagrados Corações em 1823 e em 1830 foi ordenado sacerdote. Após um breve período em que assumiu diversas atividades paroquiais, mudou-se para Paris, onde atuou como capelão. Ele foi fuzilado em 26 de maio por partidários da Comuna de Paris.

O beato Marcellino Rouchouze nasceu em 14 de dezembro de 1810, em Saint-Julien em Jarez. Ingressou na Congregação dos Sagrados Corações em 1837. Com uma profunda formação humanística e científica, ensinou latim, matemática e filosofia. Foi enviado à Bélgica para colaborar nas escolas da congregação e ordenado sacerdote em 1852. Foi fuzilado em Paris no dia 26 de maio pelos revolucionários da Comuna de Paris.

O beato Frézal Tardieu nasceu em 18 de novembro de 1814, em Chasseradès. Ingressou na Congregação dos Sagrados Corações em 1839. Ordenado sacerdote em 1840, atuou como mestre de noviços até que em 1860 foi nomeado conselheiro geral da congregação em Paris, onde foi fuzilado em 26 de maio junto com seus companheiros.

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