23 de novembro de 2024 Doar
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Mãe de jovem que morreu por aborto legal: Não é seguro nem gratuito

Fotos da caravana pela justiça e pela vida em Mendoza, Argentina | Maite Urrutigoity Linares

Lidia Fiore, mãe de María del Valle González López, que tinha 23 anos quando morreu em abril por aborto legal, disse que "não é verdade que existe um aborto seguro, legal e gratuito", por ocasião da caravana pela vida e pela justiça realizada em Mendoza, Argentina, em 4 de dezembro.

A mãe de María del Valle pediu que aqueles que defendem a vida na Argentina "sejam escutados por nossos governantes. Que suspendam a lei de um aborto seguro, legal e gratuito porque isso não é verdade".

"Eu perdi minha filha e meu neto para um aborto seguro, legal e gratuito, porque minha filha acreditava na segurança, no legal, no gratuito. E não há segurança, não pode e não deve ser legal e não é grátis porque se paga com a vida", explicou Lídia.

 

Em seguida, dirigindo-se às meninas e adolescentes presentes, a mãe de María del Valle transmitiu-lhes a seguinte mensagem: "Não se deixem manipular. Não é verdade que existe um aborto seguro, legal e gratuito. Não queremos mais uma María, que não haja outra María, que não haja mais uma menina que passe pela mesma coisa".

"Muito obrigada a todos, à família, aos meus filhos, aos meus netos que estão aqui. Muito obrigado a todos porque María está no coração de cada um de nós. Muito obrigado por estar aqui", concluiu.

Após a intervenção de Lidia Fiore, os presentes acenderam velas em homenagem a María del Valle, ao seu bebê e a outras vítimas do aborto.

Na caravana realizada sob o lema "Legal ou ilegal, o aborto mata igual", os participantes compareceram com lenços azuis claros, balões e bandeiras argentinas.

Os carros carregavam cartazes com slogans como "Salvemos as duas vidas" e "A melhor maneira de salvar vidas é acabar com o aborto".

Tatiana, uma das participantes, disse que "estamos aqui para tornar visível o que está acontecendo, pedindo justiça para que isso não aconteça novamente, porque hoje não se oferece nenhuma ajuda real à mulher".

"Estamos falando da dignidade humana de ambas as pessoas, da mãe e do nascituro", destacou.

 

A Unidade Pró-vida Mendoza também aderiu ao pedido de suspensão da lei do aborto aprovado pelo congresso em dezembro de 2020; e criticou a desinformação sobre os procedimentos de aborto e as possíveis consequências.

"É muito importante que não nos calemos, que continuemos apoiando as marchas", disseram.

O caso de María del Valle

María del Valle González López tinha 23 anos estudava serviço social na Universidade Nacional de Cuyo, e era presidente da Juventude Radical de La Paz, na província de Mendoza, Argentina.

Em 11 de abril, ela morreu após se submeter a um aborto legal, depois de tomar vários comprimidos de misoprostol, um medicamento abortivo.  Foi a primeira morte registrada no país depois da aprovação da lei do aborto no país.

Em nota publicada em 3 de dezembro, o Infobae observou que "oito meses após a tragédia, a família ainda não encontrou justiça".

Isto, apesar de que "no celular de María del Valle estão as mensagens que confirmam que um médico a havia orientado à distância para usar 12 comprimidos de misoprostol e depois não prestou atenção aos sintomas que a jovem lhe comunicou várias vezes".

O misoprostol é uma prostaglandina que faz com que o útero expulse o que há em seu interior. No caso de gravidez, faz com que a mãe perca o feto, o que pode causar sangramento na mulher.

Em alguns casos, o sangramento pode fazer com que a mãe entre em choque hipovolêmico e morra.

Geralmente, a mulher que toma misoprostol vai a um centro de saúde para fazer uma curetagem para remover qualquer resto do bebê do útero.

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Se essa curetagem ou raspagem for feita com material não esterilizado adequadamente ou que esteja contaminado, pode provocar uma infecção que poderia levar à septicemia ou infecção generalizada, o que pode causar a morte.

O Infobae disse em 3 de dezembro que a família de María del Valle "acredita que estão tentando encobrir algo: o promotor não aceitou o celular de María como prova e a autópsia demorou meses".

"Somos pró-vida e minha irmã também era pró-vida até alguns anos atrás. Infelizmente, ela mudou na faculdade", disse o irmão de María del Valle.

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