19 de dezembro de 2024 Doar
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Últimos 12 cristãos sequestrados no Haiti são libertados

Bandeira haitiana | Fibonacci Blue (CC BY 2.0)

Os últimos 12 cristãos sequestrados há dois meses por uma gangue no Haiti, foram libertados nesta quinta-feira, 16 de dezembro. A libertação dos missionários e suas famílias foi anunciada pelo porta-voz da polícia haitiana Garry Desrosiers.

No dia 16 de outubro, a gangue haitiana "400 Mawozo" sequestrou os 17 missionários cristãos e suas famílias e exigiu a quantia de um milhão de dólares para a libertação de cada refém. O líder do grupo criminoso ameaçou matar os reféns se o resgate não fosse pago.

As pessoas sequestradas tinham idades entre 8 meses e 48 anos; e todos, exceto um, eram cidadãos americanos. Cinco eram crianças.

No momento do sequestro, os missionários estavam construindo um orfanato em Fond Parisien, Haiti.

Não está claro se foi pago resgate por algum dos 17 cristãos libertados do Christian Aid Ministries.

"Nós glorificamos a Deus pela resposta às nossas orações. Os 12 reféns restantes estão livres! Por favor, junte-se a nós para louvar a Deus porque todos os 17 de nossos seres queridos estão salvos", disse em um comunicado a Christian Aid Ministries, organização anabatista sediada em Ohio à qual pertencem os missionários no Haiti.

"Obrigado por suas orações fervorosas nos últimos dois meses. Assim que pudermos, forneceremos mais informações", acrescentou.

Não há detalhes sobre a condição dos cristãos libertados.

Segundo Christian Aid Ministries, os sequestrados eram "de comunidades amish, menonitas e outras comunidades anabatistas em Wisconsin, Ohio, Michigan, Tennessee, Pensilvânia, Oregon e Ontário, Canadá".

Dois reféns foram libertados no final de novembro e outros três no dia 6 de dezembro.

Ao longo do sequestro, Christian Aid Ministries deu informações quase diárias sobre a situação dos missionários e encorajou as pessoas a rezar por sua libertação segura.

"Amanhã fará dois meses desde o início de nossa difícil jornada", escreveram eles na quarta-feira, 15 de dezembro. "Como dissemos no dia seguinte ao início da crise, como organização, confiamos esta situação a Deus e confiamos que Ele nos ajudará. Que o Senhor Jesus seja engrandecido e que muito mais pessoas conheçam seu amor e salvação. Queremos reafirmar mais uma vez o nosso compromisso de confiar que Deus nos guiará".

Em meados de novembro, o Departamento de Estado dos EUA ordenou que os cidadãos americanos deixassem o país.

"O Departamento de Estado exorta os cidadãos americanos a fazer planos para deixar o Haiti agora por meios comerciais. Os cidadãos norte-americanos devem considerar cuidadosamente os riscos de viajar ou permanecer no Haiti devido à atual situação de segurança e aos desafios de infraestrutura", disse num comunicado de 10 de novembro.

"A escassez generalizada de combustível pode limitar os serviços essenciais em uma emergência, incluindo acesso a bancos, transferências de dinheiro, atendimento médico urgente, Internet e telecomunicações e opções de transporte público e privado. É improvável que a embaixada dos Estados Unidos consiga ajudar os cidadãos americanos no Haiti com a saída se não houver opções comerciais disponíveis", acrescentou.

O grupo criminoso "400 Mawozo" também esteve por trás do sequestro de padres e religiosos católicos em abril deste ano.

Todos os sequestrados em abril foram libertados nas semanas seguintes. O resgate foi pago só por dois dos padres sequestrados, segundo um oficial haitiano.

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