22 de novembro de 2024 Doar
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Centros pró-vida transformam mulheres com gravidez de risco no México

Foto ilustrativa | Pixabay

"Medimos o sucesso com base nos testemunhos que as meninas dão quando saem das casas de acolhida: são eternamente gratas e a transformação que vivem dentro da casa é o que lhes preenche a alma e nos anima a continuar trabalhando e querer mais" disse Teresa Eguiluz, diretora de comunicação de Vida e Família A.C. (VIFAC), organização pró-vida mexicana em entrevista à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI.

Essas mulheres "saem felizes, seguras e com vontade de seguir em frente com suas vidas de uma maneira melhor".

Em atividade há 30 anos, a VIFAC atende cerca de 3,5 mil mulheres por ano em suas 18 casas de acolhida e 10 centros de apoio em todo o México e em Brownsville, Texas, nos EUA.

Uma mulher com uma gravidez de risco necessita "principalmente de apoio e de alguém que lhe dê a segurança de saber que não está sozinha e que poderá progredir", disse Eguiluz. "Que a gravidez dela não é o fim, mas o começo de uma nova vida, novas oportunidades e crescimento pessoal".

Nos centros de acolhida, são dados "apoio psicológico, apoio emocional e orientação personalizada para que possam recuperar e curar feridas do passado e ao mesmo tempo desenvolver o seu projeto de vida", disse.

Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE, organismo de promoção do comércio e crescimento econômico que reúne 38 países), o México ocupa o primeiro lugar em gravidez na adolescência.

"Em mais de 90% das internações de adolescentes, 90% dos casos foram de meninas menores de 15 anos que chegaram por causas relacionadas à gravidez: partos, abortos incompletos, abortos induzidos", disse Eguiluz. "Os problemas sociais do país são chocantes, por isso na VIFAC procuramos ajudar a erradicar isso oferecendo às mulheres grávidas em situação de vulnerabilidade apoio, cuidados, atendimento médico e psicológico, mas acima de tudo desenvolver ferramentas e competências através de cursos e oficinas para que elas e seus filhos tenham um futuro melhor".

Eguiluz disse que "embora a adoção não seja nossa missão, mas uma 'consequência' de nosso serviço, 1 em cada 10 mulheres decide, de forma livre e informada, entregar seus filhos para adoção e o VIFAC está lá para apoiá-las nas questões jurídicas e psicológicas que isso acarreta".

Em sua opinião, é importante falar "sobre adoção com a mesma naturalidade com que falamos sobre tantos outros assuntos, pois atualmente a mulher que busca essa solução, como um ato de responsabilidade e amor, se sente julgada e discriminada".

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