23 de novembro de 2024 Doar
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Estudantes pró-vida dos EUA listam escolas cristãs ligadas a rede de clínicas de aborto

Fachada de uma clínica da Planned Parenthood nos EUA | Jonathan Weiss (Shutterstock)

Um relatório da organização americana pró-vida Students for Life (Estudantes pla Vida) divulgado em dezembro revelou que, de 784 instituições de ensino cristãs investigadas, incluindo 237 escolas católicas, 103 escolas cristãs, 22 das quais católicas, estavam ligadas a Planned Parenthood, a maior multinacional de abortos do mundo.

Depois que o Students for Life entrou em contato com as escolas ligadas ao gigante do aborto, um terço delas rompeu esses laços, e o total caiu para 69 escolas cristãs, oito das quais católicas.

O relatório investigou os sites de escolas cristãs e identificou relações com a Planned Parenthood que incluíam propaganda da organização como lugar para fazer estágio, promoção dela como um recurso para os estudantes, publicidade ou parceria em eventos da Planned Parenthood, e promoção do grupo como lugar para trabalho voluntário ou oportunidade de carreira. Escolas com esse tipo de laço com a Planned Parenthood foram contatadas por e-mail ou telefone entre setembro e outubro de 2021, antes do lançamento do relatório, para que tivessem chance de remover as referências à organização.

Lauren Enriquez, vice-estrategista de mídia da Students for Life, disse ao jornal National Catholic Register, do grupo EWTN, a que pertence ACI Digital, que o relatório pretendia fazer essas escolas responsáveis diante "dos alunos que vão para elas, ex-alunos, especialmente se eles forem financiadores, e os pais pagam a mensalidade de seus filhos para frequentar essas escolas".

Enriquez disse que as partes interessadas nas escolas cristãs e católicas "precisam estar cientes" quando uma instituição está conectada com o gigante do aborto. Segundo seu último relatório anual, a Planned Parenthood fez 354.871 abortos no ano passado.

As sete escolas católicas que o Register descobriu ainda ter ligação com a multinacional de aborto em seus sites foram St. Michael's College em Vermont, Sacred Heart University de Connecticut, The College of St. John Fisher em Nova York, Marymount University na Virgínia, The College de St. Rose em Nova York, St. Joseph's University da Pennsylvania e Felician University em Nova Jersey. Nenhuma das escolas retornou o pedido do Register para comentar as conclusões do relatório.

A outra escola católica listada no momento do lançamento do relatório, Trinity Washington University em Washington, DC, tinha um link para Planned Parenthood como recurso de saúde da mulher, segundo imagens do relatório. O link não é mais visível publicamente e agora requer um login de acesso da Trinity. A universidade também não respondeu a pergunta do Register se a Planned Parenthood ainda era apontada como um recurso para os alunos ou se a informação tinha sido removida completamente.

No relatório da Studentes for Life, as faculdades receberam notas com base em quantas vezes o site da escola fez referência a Planned Parenthood. St. Michael's College of Vermont obteve a nota mais baixa, "F", entre as escolas católicas no relatório, por ter listado a Planned Parenthood cinco vezes como serviços de saúde para os estudantes, incluindo contracepção, namoro e relacionamentos, e saúde masculina.

Entre as escolas que receberam a classificação "D" está a Marymount University, que lista a Planned Parenthood como um recurso para uma aula de webdesign e duas aulas de mídia social. A Sacred Heart University of Connecticut recebeu nota "D" por promover Planned Parenthood como experiência de prática aplicada para um aluno que esteja fazendo mestrado em saúde pública. A universidade também listou a organização como um recurso para "fadiga de pandemia", mas retirou o link desde que foi mencionada no relatório. A escola não respondeu ao Register se o link foi tirado por causa da identidade católica da escola e se as outras referências a Planned Parenthood estão de acordo com essa identidade.

St. John Fisher College de Nova York, outra escola "D", recebeu funcionários da Planned Parenthood em um evento do centro de carreiras de 2019, listou a organização como um recurso de atendimento de estupro e a promoveu em um evento de carreira. O College of St. Rose em Nova York tem uma classificação "C", uma vez que lista a Planned Parenthood como um local de estágio e no link "Maneiras de servir" a justiça social e defesa de direitos.

As escolas que receberam uma classificação "B" foram a Universidade St. Joseph's da Pensilvânia, que lista a Planned Parenthood como recurso "LGBTQ", e a Universidade Felician de Nova Jersey, que tem a Planned Parenthood como uma opção de referência para alunos em um manual.

O relatório constatou que 14 das 22 escolas católicas contatadas pela Studentes for Lifeo cortaram suas conexões com Planned Parenthood. As escolas católicas que removeram os links de seus sites para a Planned Parenthood foram: Fordham University em Nova York e Georgetown University em Washington, D.C. Enriquez observou que "as escolas católicas eram as mais propensas a cortar relações" após serem questionadas sobre a conexão. Ela acredita que isso se deva à clara "teologia e doutrina a favor da dignidade da vida e contra o aborto" da Igreja Católica, dizendo "seria muito difícil" para uma escola católica "argumentar que estavam de alguma forma seguindo os ensinamentos do Igreja promovendo a Planned Parenthood."

No entanto, o problema da associação das faculdades católicas com a Planned Parenthood parece continuar, já que depois que o relatório coletou suas descobertas, a Universidade Loyola Marymount em Los Angeles permitiu que um clube de estudantes, Women in Politics (Mulheres na Política), arrecadasse fundos para Planned Parenthood no campus. "Os eventos, ações ou posições de organizações estudantis, incluindo Women in Politics, não são endossados ​​pela universidade", disse a escola em um comunicado de novembro à CNA, agência em inglês do grupo ACI. "No entanto, a existência dessas organizações estudantis e suas atividades são exemplos vivos de que a LMU abraça sua missão, compromissos e as complexidades do discurso livre e honesto." Eles disseram que a escola "continua comprometida com sua herança, valores e tradições intelectuais católicos, jesuítas e de Marymount".

Enriquez disse que o lado bom desse incidente foi que ele motivou os alunos pró-vida no campus a agir, incluindo a estudante Megan Glaudini, que ressuscitou o grupo pró-vida inativo da escola, VITA, e liderou um Rosário público coletivo.

Além de responsabilizar escolas vinculadas à Planned Parenthood, o projeto da Students for Life deu uma classificação especial "A+" a 49 escolas que promoviam "recursos alternativos gratuitos e não-violentos para o aborto". Dezoito dessas escolas, são católicas. Enriquez fez referência à iniciativa "Standing With You" (Ficando com Você) da Students for Life, usada por muitas das escolas pró-vida dos EUA, que fornece informações sobre recursos para jovens mães grávidas e informações sobre como equilibrar a vida universitária como uma nova mãe.

Entre essas escolas que oferecem recursos pró-vida, ela destacou a iniciativa "Campus Care" da Universidade Ave Maria, que é uma "iniciativa liderada por alunos e apoiada por funcionários, dedicada a fornecer suporte e recursos para estudantes grávidas ou com filhos." Os serviços prestados pela iniciativa incluem "testes de gravidez, ultrassom, teste de DST, orientação, assistência material, acomodações, cuidado pós-aborto, apoio acadêmico, direção espiritual, apoio de colegas, chás de bebê e creche gratuita para nossas mães e pais universitários". Ela acrescentou que a escola tem um programa de babá com alunos voluntários para que os alunos que são pais ainda possam frequentar as aulas e participar da vida no campus.

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