Cidade do México, Jan 7, 2022 / 14:37 pm
A Conferência Episcopal Mexicana (CEM) apelou ao Supremo Tribunal de Justiça da Nação para não invalidar a proteção da vida no ventre materno que consta da Constituição do Estado de Nuevo León. "O aborto sempre tira a vida de um filho", disse a CEM.
Em mensagem divulgada em 6 de janeiro, a conferência episcopal disse que "é um falso dilema contrapor os direitos da mãe ao direito à vida da criança em seu ventre".
O pronunciamento da CEM se deu por causa do início da discussão na Suprema Corte de uma ação de inconstitucionalidade que busca invalidar a proteção à vida desde a concepção, incorporada ao artigo 1 da Constituição de Nuevo León em 11 de março de 2019.
Em meio a uma série de decisões a favor do aborto em setembro de 2021, o Supremo Tribunal Federal declarou inconstitucional uma proteção semelhante que constava da Constituição do Estado de Sinaloa.
A CEM recordou que o papa Francisco, na sua mensagem à Organização das Nações Unidas (ONU) em setembro de 2020, disse que "é triste ver como se tornou simples e conveniente, para alguns, negar a existência da vida como solução para problemas que podem e devem ser resolvidos tanto para a mãe como para a criança não nascida".
Para a Conferência Episcopal Mexicana, "a única abordagem justa e ética é que a mulher grávida e seu filho em gestação sejam protegidos com a mesma humanidade e solidariedade tanto na Constituição federal como nas Constituições locais e em qualquer lei. Eles têm igual dignidade e merecem o mesmo respeito e proteção".
A organização instou "toda a sociedade, e em particular aos ministros do Supremo Tribunal de Justiça, a reconhecer plenamente o direito à vida, sem discriminação antes ou depois do nascimento, sem regressões ou condições injustas, e sem cair na lógica do 'cultura de descarte'".
"Convidamos mais uma vez todos os atores sociais do país: políticos, econômicos, acadêmicos e a sociedade em geral, a embarcarem no caminho de um grande Pacto Nacional em favor da mulher e da vida, que proteja de forma equivalente à mãe e ao filho em todas as circunstâncias, e que trabalhem para combater as circunstâncias que levam uma mulher a considerar cometer um aborto", diz o comunicado da CEM.
"O aborto sempre tira a vida da criança e deixa a mãe sem o filho. Recuperemos a capacidade de olhar e acolher a todos com plena solidariedade e humanidade".
A mensagem, assinada por dom Jesús José Herrera Quiñonez, bispo de Nuevo Casas Grandes e responsável pela Dimensão da Vida da CEM, pede a "Santa Maria de Guadalupe para proteger os nascituros e as suas mães em meio a esta conjuntura de grande transcendência".
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